25/05/2024, 10:31 h
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OPINIÃO POLÍTICA
OPINIÃO POLÍTICA
Direi apenas aqui o que sei muitos já têm reflectido e dito. Como é possível?
Vivemos atualmente num mundo com guerras que se eternizam, que se amplificam com o seu cortejo de consequências graves, sem que se antevejam finais de negociação e paz.
O conflito tornou-se irremediável e caminha velozmente para a destruição de qualquer hipótese de negociação.
A paz é tão retórica que já não se anuncia como possível.
Isto seria já lamentável no quadro civilizacional em que estamos, mas torna-se insustentável e irrespirável. Como é possível?
Repetimos o quadro de um século atrás.
Mas agora há armas mais sofisticadas e letais, estratégias militares mais danosas, comunicações mais lineares e globais.
Somos espectadores horrorizados de algo que não controlamos.
A guerra, com os seus horrores, as suas indignidades, transporta-nos para zonas de consciência de uma incomodidade e impotência crescentes.
Porém há muita gente, gente de bem, inteligência e sensibilidade, protestando nas ruas e universidades do Ocidente contra o genocídio sionista de Gaza. Também no nosso País (com a excepção dos jovens universitários portugueses, entretidos nas bebedeiras das Queimas das Fitas!).
Há muita gente que não suporta mais ver imagens de lençóis brancos tapando corpos de crianças e adultos, vítimas de bombardeamentos indiscriminados.
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Há muita gente que já não suporta ver imagens de cidadãos vagueando com uns poucos pertences por uma faixa de terreno muito limitada, procurando segurança, um tecto e comida.
Há muita gente que já não suporta ver os seus representantes políticos alheados ou cúmplices desta carnificina étnica.
A História certamente não absolverá quem fizer da guerra instrumento de tensão, confrontação e agressão. O militarismo e a guerra não são a solução política dos conflitos internacionais. É preciso criar um novo sistema de segurança colectiva. E se na guerra da Rússia com a NATO, há que parar o projeto louco da extensão do bloco político-militar do Ocidente às fronteiras da Rússia, respeitando a vontade das populações, já a Questão Palestiniana deve ser urgentemente considerada.
Ao fim do massacre e genocídio de populações palestinianas, obtido por um cessar-fogo imediato e permanente, e apoio humanitário de urgência, conduzido pela comunidade internacional, seguir-se-ia a criação do estado Palestiniano, com as fronteiras de 1967 e capital Jerusalém Oriental. Doa a quem doer, recue quem tiver que recuar, só assim o Médio Oriente poderá trilhar justos passos de paz e prosperidade.
Na memória de todos ficarão sinais de uma violência inaudita, de uma intransigência criminosa, de uma degradação da condição humana, de vítimas e algozes. Afinal o inferno pode ser terreno.
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