10/05/2025, 9:12 h
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Desporto Opinião Pedro Queirós
DESPORTO
Por Pedro Queirós
Cresci a ver outros grandes avançados. Pauleta e Nuno Gomes; Liedson e McCarthy e Cardozo; até que chegou Falcão. Era de encher o olho. Finalizava muito e de várias maneiras, de cabeça em mergulho, remates em jeito que pareciam passes à baliza, calcanhar… era outro futebol. Fazia golos com classe. O futebol com ele era mais bonito. A correria atrás da bola tornava-se mais elegante.
Falcão voou para outras paragens e chegaram outros. Nenhum como ele. Até que o Sporting contratou Viktor Gyokeres. Se é tão elegante, tão refinado? Não é. Mas nem tem que ser. Porque quando o sueco embala e ganha posição ao defesa, já sabemos o desfecho.
Porque o campeonato português não goza de um estatuto tão elevado no futebol europeu e mundial, mas todos imitam o festejo da máscara. E mais uma vez porque os números não mentem.
No dia em que o Liverpool se sagrou campeão, Mo Salah marcou e deixou Gyokeres a precisar de quatro golos para liderar a corrida à Bota de Ouro: o sueco marcou os quatro nesse mesmo dia.
Um atleta do campeonato português está em primeiro na classificação de melhores marcadores do futebol europeu, mesmo com os golos a valerem menos do que os principais campeonatos. Só este facto já deixa perceber de que género de avançado estamos a falar.
O campeonato vai ser decidido no derby Benfica vs Sporting. Arrisco a dizer que o campeonato vai ser decidido pela performance de Gyokeres nesse jogo.
É um jogador bem acima do nível do campeonato. A sua saída é um dado praticamente certo e vai poder dar-se ao luxo de escolher para onde vai. Este é um exemplo de jogador que custou 20 milhões e foi barato.
Quando há jogos entre amigos, fazem-se equipas para que o jogo seja equilibrado. Jogar com Gyokeres é desequilibrado para qualquer outro adversário…
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