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Gazeta Paços de Ferreira

15/10/2023, 0:00 h

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O fim da Troika do Município – a saída do PAM

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OPINIÃO POLÍTICA

O Executivo do Partido Socialista sai desta fase complicada de cabeça erguida, como o segundo concelho a sair do PAM, mas sendo o único que não aumentou as taxas, apesar das queixas realizadas ao Fundo de Apoio Municipal (FAM) pela oposição.

Por Hugo de Sousa Lopes (Membro da Comissão Política Concelhia do PS)

OPINIÃO POLÍTICA

 

 

Vivemos, a 27 e 28 de setembro, dias históricos, com a aprovação e assinatura do contrato de Cessação do Programa Ajustamento Municipal (PAM) - a “troika” das autarquias endividadas. O Executivo do Partido Socialista sai desta fase complicada de cabeça erguida, como o segundo concelho a sair do PAM, mas sendo o único que não aumentou as taxas, apesar das queixas realizadas ao Fundo de Apoio Municipal (FAM) pela oposição. O PS lutou continuamente para não onerar a população neste processo, dado considerarmos que o povo não podia ser responsabilizado pelos desvarios de outros.

 

 

Este processo derivou da necessidade premente de pagar as dívidas existentes no Município antes das Eleições Autárquicas de 2013, tendo sido o Município notificado da obrigatoriedade de adesão ao FAM, no cumprimento com a Lei n.º 53/2014.

 

 

Apesar da gravidade do período que acabamos de finalizar a oposição optou por uma absurda estratégia de negação da realidade dos factos, tendo votado contra as contas de 2022 cujos resultados asseguravam a saída do PAM, e tendo efetuado intervenções infelizes, a sugerir, por exemplo, não se pagar aos credores.

 

 

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A gestão financeira dos últimos 10 anos foi um extraordinário exercício de rigor e profissionalismo, por parte deste Executivo. Tal é comprovado pelo relatório final do FAM: - passagem do endividamento de 364% para 136% do orçamento; - dívida nos 35,9 M€ substancialmente abaixo dos 36,3 M€ do objetivo; - execução da receita sempre cumprida sem executar a taxa do IMI no máximo e da derrama; - redução da despesa acima do objetivo em 22,5%; - Plano cumprido reduzindo 32,2 M€ à dívida.

 

Contudo, o concelho ainda tem de pagar os 35,9 M€ da dívida das gestões passadas, tendo o FAM feito nota que as pendências “do reequilíbrio financeiro com a concessionária de água e saneamento poderá condicionar futuramente a recuperação financeira do Município”. Ou seja, os grandes riscos financeiros que o Município mantém continuam a derivar dos fantasmas do passado.

 

 

Não poderia deixar de referir a caricata declaração de voto do PSD: “a saída do PAM não é um ponto final, mas sim uma nova etapa que exige prudência, rigor e responsabilidade.” Demorou 10 anos, mas finalmente o PSD percebeu a importância da prudência, do rigor e da responsabilidade, na gestão dos dinheiros públicos.

 

 

Pena que, também, não tenha acompanhado o PS nas aprovações das boas contas que aqui conduziram, nem tenha apoiado as taxas municipais mínimas que o PS, honrosa e corajosamente sempre defendeu e aplicou, em defesa dos cidadãos.

 


 

 

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