Por
Gazeta Paços de Ferreira

09/10/2025, 9:41 h

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O Direito à Habitação (I)

Destaque Editorial Álvaro Neto

EDITORIAL

Habitação foi um tema de primeira linha abordado pelas candidaturas autárquicas.
O direito à habitação é um direito fundamental consagrado na Constituição da República Portuguesa.

Por Álvaro Neto (Diretor da Gazeta de Paços de Ferreira)

 

Determina o artigo 65º número um da Constituição da República Portuguesa que “todos têm direito, para si e para sua família, A uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar”.

 

Para assegurar esse direito incumbe ao Estado promover a construção de habitações económicas e sociais; estimular a construção privada, com subordinação ao interesse geral e o acesso à habitação própria ou arrendada.

 

O número dois deste comando constitucional determina que o Estado adotará uma política tendente a estabelecer um sistema de renda compatível com o rendimento familiar e de acesso à habitação própria. 

 

 

 

 

Portugal é um dos países europeus com menos percentagem da habitação pública - apenas 2% do parque habitacional é público; nos Países Baixos é 30%.

 

O Estado deixou há muito de investir na habitação como uma política pública.

 

A promoção direta de habitação pública, que nunca foi elevada, baixou muito a partir de 2007.

 

A oferta pública total Estado e autarquias, em 30 anos (1995 a 2004) limitou-se a 24.000 fogos - apenas 1,6% do montante total produzido em igual período (1.507.064). O crescimento do alojamento foi intenso (50.200 alojamentos ano), mas o número médio de alojamento público em habitação social ficou-se pelas 800 unidades.

 

Existem 250.000 habitações devolutas, algumas pertencentes ao próprio Estado. De acordo com o Censo de 2021 foram registrados mais de 720.000 alojamentos vagos, 240.000 encontravam-se em boas condições.

 

Para a construção de alojamentos o Estado beneficiou da concessão do PRR. Acontece que o aproveitamento das verbas do PRR destinadas ao setor de habitação não tem sido o mais eficiente.

 

Na reprogramação de Maio de 2023 verificou-se um aumento para habitação, que ficou com 3.226 milhões, que em janeiro de 2025 baixou para 2.824 milhões (23.182 fogos).

 

Em julho de 2025 estavam apenas executados 800 milhões (6.567 fogos).

 

 

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