26/04/2025, 9:55 h
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Desporto Opinião Pedro Queirós
DESPORTO
Por Pedro Queirós
Bastante tempo sem poder contratar jogadores. Os melhores iam saindo para e a qualidade do plantel caía.
Começou Cristiano Bacci, que chegou a afirmar que treinava uma equipa de primeira liga com condições idênticas a um clube de distrital. O treinador bateu com a porta depois de, em janeiro, o clube ter falhado mais um mercado de transferências.
Uma semana depois chegaram jogadores, que estavam no desemprego, como Vaclik, Kurzawa, van Ginkel e Diaby. Muito tempo de paragem sentiu-se no corpo e os novos jogadores demoraram a arrancar, com exceção do guarda-redes. O ambiente parecia ser mais animador, mas os ares de mudança esbarraram em Lito Vidigal. O treinador até venceu um jogo, mas não acrescentou um, melhorou praticamente nada e o Boavista continuava no buraco.
Jorge Couto assumiu a equipa. Homem da casa. Arregaçou as mangas e venceu o Rio Ave. Depois dessa vitória, a SAD decide começar à procura de novo treinador. Decisão incompreensível depois de se ver uma equipa aguerrida e comprometida com o treinador da casa. Jorge Couto ainda orienta a equipa na derrota contra o Nacional, num jogo em que merecia mais, e saiu.
Chegou Stuart Baxter. Desconhecido para muitos, começou por ter um discurso bastante simples e focado no presente. Convicto que, nesta fase, não se pode mudar grande coisa, o foco é alterar apenas dois ou três aspetos. Na estreia em Faro, vitória frente a um adversário direto.
Mas há muito mais do que mercado de transferências, decisões administrativas ou treinadores. Há alma. Este Boavista não desarma. As fragilidades são o combustível para dar aquela força extra. Condenado desde o início, ainda tem reais hipóteses de se manter na primeira liga.
E tem, sobretudo, o apoio dos boavisteiros. Com todos os motivos para aceitar o destino e lamentar todos os acontecimentos que têm passado, preferem vestir a camisola e levantar o cachecol por todo o país. O Boavista até pode cair, mas cai de pé. As vitórias morais valem 0 pontos, mas quem olha para aquela bancada sabe que está mais longe da derrota. Quem gosta de futebol, gosta do xadrez do Bessa na primeira liga. Os adeptos não têm culpa das más decisões de quem manda e a pantera negra ainda ruge, bem alto, nas bancadas.
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