O ativismo veio para a rua

OPINIÃO

Os portugueses são considerados um povo pacifico na forma em como demonstram os seus protestos, quanto à demonstração do seu descontentamento, pela forma em como estamos a ser manipulados ou mal tratados por parte dos nossos governantes.

Em regra, usam as redes sociais, outdoors, manifestações na rua, sempre de uma forma pacifica e sem causar danos, face ao que vamos assistindo pelo mundo fora.

Todavia, recentemente, temos assistido a um grupo de ativistas, que resolveu imitar os países vizinhos, a causar danos no património dos outros, como forma de chamar a atenção para os seus ideais. Temos assistido a um grupo de jovens ativistas, que têm chamado a atenção da comunicação social pelos seus atos de vandalismo, que, de uma forma outra, têm vindo a mexer com a consciência do país, que, na minha opinião, não é de todo correto.

Mas opinião é opinião e se fosse boa, não se dava, vendia-se.

Quando protestam dos aviões, eu gostaria de saber se estes jovens andam ou não de avião. Dos carros, autocarros e afins, será que eles, ou a família deles andam a pé, bicicleta ou de trotinete….

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O que está aqui em causa é que a revolta das pessoas saiu das redes sociais, e passou a estar nas ruas, além da destruição do património, começam a atingir pessoas, nomeadamente os políticos em eventos estratégicos, como forma de alcançar uma maior atenção e público.

Por enquanto, ainda estão na tinta, ou nos ovos, mas estão a dar que falar, e certamente que este grupo de jovens, que ainda é uma minoria, não demorará a alargar-se, e, face a tanto descontentamento, eu acredito que, muito brevemente, vamos ter muitos mais a usar a mesma forma de protesto, e os pacíficos vão “copiar” os mais rebeldes e vão tomar outras atitudes mais drásticas, porque o povo está descontente e eu acredito que vão mostrá-lo mais.

E fazendo uma ligação de pontos: descontentamento, políticos, e atirar com tinta, que me surgiu “o no nós por cá”.

Imaginemos que a moda pega, e os amigos do rio Ferreira resolvem sair das redes sociais e vêm para a rua, trocando a tinta pelo que vai rio abaixo e começam a atirar aos políticos.

Olhem que isto, por cá, vai cheirar muito mal!