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Gazeta Paços de Ferreira

20/12/2025, 11:09 h

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NO MUNDO REAL

Opinião Opinião Politica Partido Comunista CRISTIANO RIBEIRO

OPINIÃO POLÍTICA

Qual é a maior economia da União Europeia, aquela que dinamiza todo o espaço político – económico da Europa? É a economia alemã.

Por Cristiano Ribeiro (Médico e Militante do PCP)

 

As grandes empresas industriais alemãs têm um peso enorme no contexto da internacionalização de uma economia periférica como a portuguesa. E o que observamos recentemente?

 

A Alemanha está em acelerada industrialização. Os números não enganam. 

 

Em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado, a produção industrial decresceu 3,9%. A Thyssen Krupp anunciou o despedimento de 11 mil trabalhadores, cerca de 40% da sua força de trabalho, até ao final da década. A Volkswagen vai despedir no mesmo período 7 500 trabalhadores. 

 

O PM alemão Merz afirma agora que a economia alemã já não sustenta o actual Estado Social.

 

A explicação mais sustentada pelos media dominantes tem a ver com as variações recentes em alta com custos de energia na Alemanha. Sabíamos que o fornecimento dos gasodutos NordStream fornecia à indústria alemã garantias de preço, segurança e equilíbrio ambiental. 

 

Recorde-se, aliás, que o planeamento, encomenda e financiamento dos gasodutos era em larga parte assegurada pela Alemanha, em parceria com a Federação Russa.

 

As iniciativas loucas por parte dos canhestros interesses ocidentais colocou a Alemanha sob a influência de um peso grave no seu futuro industrial. Queriam a todo o custo destruir a economia e sistema financeiro russos. Começaram com a política das sanções. 

 

 

 

 

Assistiu-se, depois, ao maior acto de terrorismo económico na história da União Europeia. Em 2022, ocorreu uma inaudita explosão á bomba dos gasodutos, patrocinada pela NATO, pelo regime de Kiev, pela Polónia, Reino Unido e Estados Unidos da América. 

 

Estes assumiram a “lógica do mercado”, da oferta e da procura, assegurando fornecimentos de combustíveis líquidos muito mais caros. 

 

A Polónia rejubilou com o atentado, os alemães não se importaram em perder a independência energética. 

 

Os ambientalistas, perante a libertação no atentado de 485 000 toneladas de gás metano para o Mar Báltico e para a atmosfera, um gás de efeito de estufa (o equivalente no aquecimento global a 8 milhões de carros a funcionar durante um ano!), calaram-se envergonhados talvez ou cúmplices.

 

Mas na situação atual, não será o contínuo fornecimento de capitais e meios militares à Ucrânia (9 mil milhões de euros por ano!) nem a militarização da sociedade (com a compra de 50 F-35 aos EUA por muitos mil milhões de euros) que colocarão, na mesa dos alemães, o pão ou os serviços públicos e prestações sociais, de que carecem.  

 

E Portugal? Cedo veremos o fecho de empresas importantes, tanto na produção, como na exportação. Nem Costa nos salvará.

 

 

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