Negócio de Armas

Quem vai pagar a encomenda? Certamente não será a Ucrânia, desprovida de quaisquer recursos financeiros que lhe permita sobreviver como País. A aliança  dos países ocidentais que sustém a posição ucraniana na guerra vai ter de desembolsar os fundos necessários. Portugal somará aos oficiais 500 milhões de euros perdidos mais umas centenas de milhões, retirados ao orçamento nacional.

E qual o significado disto tudo? A "altruísta" Suécia revitaliza o seu complexo político-militar, a sua indústria pesada, não concorrencial em sectores como a indústria automóvel, aproveitando-se igualmente do colapso económico de potências europeias como a Alemanha e a França. A guerra, mesmo com fim e destino traçado, constitui uma última oportunidade para um desenvolvimento económico.

Para que servirão os caças suecos, tal como os Mirage franceses, ao serviço de Kiev e da NATO? Na perspectiva de uma guerra continuada, onde estão as pistas dos aeroportos, os hangares, a logística, os depósitos de combustível, os pilotos locais? Na perspectiva de uma paz negociada, com resultados objectivos, em que plano necessário de reconstrução de infraestruturas, equipamentos, serviços, aparecem os Gripen ou os Mirage?

Percebe-se sem dificuldade que a suposta venda anunciada dos caças suecos é mais um bluff no pântano mediático onde nos condicionam desde há 3 anos. Onde as vitórias iminentes se transformam em derrotas sucessivas, mortes, feridos, deserções. Onde se utilizam práticas censórias explícitas. Onde o sorriso fácil de Costa e Montenegro brevemente vai dar lugar a esgares de incómodo e de penitência. Aqui estaremos para o assinalar.

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