07/12/2025, 10:52 h
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Opinião Opinião Politica Partido Social Democrata
OPINIÃO POLÍTICA
Por Alexandre Costa (Presidente da Comissão Concelhia de Paços de Ferreira do Partido Social Democrata)
Estes polos oferecem conforto, diversidade e experiências que tornam cada visita num programa completo. A consequência sente-se, ruas mais vazias e um comércio local que tenta sobreviver num cenário cada vez mais competitivo.
É por isso que tantos municípios decidiram agir. Lousada tem Mercado de Natal, Vila Market, mercado associativo, iluminação natalícia e animação cultural até janeiro. Felgueiras investe num mercado natalício contínuo, capaz de atrair famílias de toda a região. Em Penafiel o encanto do Natal é já uma tradição consolidada, com comboios turísticos, espetáculos e casinhas de artesanato. Em Paredes multiplicam-se teatros, concertos e atividades nas freguesias. Santo Tirso aposta numa programação diversificada com Pista de gelo, roda-gigante, carrossel, comboio, túnel de luz, mercado de Natal, “Casa do Pai Natal”, animação nas ruas. Famalicão é hoje um dos melhores exemplos do Norte, com uma agenda extensa que enche a cidade durante várias semanas e transforma dezembro num verdadeiro motor económico para o comércio e restauração.
Estas autarquias perceberam uma evidência. Hoje quem não cria motivos para ser visitado perde. As pessoas comparam, escolhem e deslocam-se com facilidade. Se numa cidade nada acontece, vão para a que oferece mais. E quando isso se repete todos os fins de semana, o comércio local perde vitalidade e perde clientes.

Nesta realidade há, contudo, um fator que merece ser reconhecido. Os comerciantes de Paços de Ferreira têm sido de uma resiliência notável. Mesmo sem um programa estruturado que os apoie. São eles que mantêm o espírito natalício nas ruas quando tudo o resto parece apagado.
E há também quem, mesmo com poucos meios, se recuse a abandonar esta luta. A Junta de Freguesia de Paços de Ferreira volta a organizar sozinha o fim de semana do “Natal do Jardim”, tentando animar o centro da cidade e criar algum movimento que alivie a dureza desta época para o comércio local. É um esforço louvável, mas insuficiente se não houver uma estratégia concelhia mais ampla.
O Natal tornou-se uma âncora fundamental na promoção urbana e na dinamização económica. É uma oportunidade única para atrair pessoas, gerar vida, criar memória coletiva e reforçar o orgulho local. Quando uma cidade chega a dezembro sem plano e sem programação, transforma-se numa cidade sem Natal. Uma cidade que perde movimento e competitividade!
A economia local vive de pessoas, de movimento, de encontros, de famílias que optam por ficar. É isso que tantos concelhos vizinhos compreenderam e é isso que faz a diferença entre ruas cheias ou ruas vazias. Que este Natal acenda a vontade de fazermos melhor.
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