25/01/2024, 0:00 h
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COM HORA E LOCAL ANUNCIADO E (CURIOSO) NINGUÉM LHES DEITA A MÃO
Por José Neto (Doutorado em Ciências do Desporto; Docente Universitário; Investigador)
OPINIÃO
Entra o novo ano e recomeça a festança. Não sei se é para os lados dos concelhos vizinhos (Lordelo, Reguenga, Vilela, Monte Córdova...) ou no domínio da nossa urbe. Geralmente aos sábados (ou vésperas de feriados), pouco depois da meia noite e até ao nascer da aurora CATAPUM... CATAPUM... PUM... PUM... ecoando no espaço e roubando as horas que o silêncio se deveria impor.
É assim pela calada da noite que se iniciam os primeiros acordes no infinito da distância e o que seria ou será quando se nos aproximar o tal realejo!...
Já o referi em artigos publicados na nossa Gazeta, sobre a importância que atribuo às FESTAS POPULARES, ficando explicitamente esclarecida a vertente religiosa acompanhada de alguns comportamentos sociais e culturais que o povo no seu bom entender costuma cantar e encantar, pela alegria contagiante que por essas formas exalta e consagra.
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Mas esse romper da noite, penitenciada em altíssima voltagem, pelos sentimentos dos animadores, vulgarmente cognominados D.J. (Disc Jockey), entra a "pé junto" em poluição sonora degradante, causando um atrevido acicate à saúde das pessoas e à quietude da natureza. QUEM LHES DEITA A MÃO!?...
A Inspeção Geral do Ambiente e Ordenamento do Território, descarta-se, responsabilizando as Câmaras Municipais e a Polícia Municipal no âmbito das suas competências. Estas, para não se incomodarem, ou passam ou dizem que passam, uma tal licença especial de ruído, que pode ser ou não conferido em casos excecionais e devidamente justificados.
DEVIDAMENTE JUSTIFICADOS???
Quando na refrega pelo renascer do dia, existem provas de jovens (e não só), ancorados por uma sublevação agoniante, desequilibrados pelas inquietudes provocadas pela farta ingestão de álcool (e demais drogas associadas), envoltos numa escancarada lixeira, onde as circunstâncias da vida mais cedo ou mais tarde se haverá de vingar!...
Não desisto!... Chamarei à atenção sempre que para tal o bom senso se possa confundir com a razão. Espero que o serviço publico seja capaz de sonegar tais situações de verborreia existencial.
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