04/09/2023, 0:00 h
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Opinião Juventude Social Democrata
Por Miguel Moreira (Vice-Presidente da JSD Paços de Ferreira)
OPINIÃO
Caros leitores, após tanto ódio, desinformação e hipocrisia, decidi fazer uma reflexão neste artigo sobre o que são (e o que foram) as JMJ (porque muita gente não faz a mínima ideia do que se trata) e é muita a desinformação que existe em torno da dita.
Ora bem, o que não falta por aí são arautos do “anti-tudo” e partidários das “caças a borboletas” a lançar ódio para com o maior evento que Portugal já apadrinhou.
“O estado já gastou milhões que podiam ir para a saúde, educação”.
Tudo parangonas para se obter uns “gostos” facilmente. Primeiro, o estado investiu. O famoso papa-palco será para usufruto futuro e todo o investimento logístico espera um retorno na ordem dos 400 milhões de euros para a cidade.
Quem acha isto uma coisa muito má nunca teve que gerir um negócio. A essas pessoas, saiam dos ecrãs e vão falar com os pequenos-médios empresários. Depois, eu que já estive na JMJ (em Cracóvia, em 2016) tentava poupar ao máximo e mesmo assim era muito difícil gastar menos que 10€ por dia.
A média de gasto por pessoa rondou os 20€. Agora façamos as contas de 20€ a multiplicar pelos dias de estada e pelos milhões de pessoas que estarão em Lisboa e já estiveram em muitas cidades portuguesas nestas pré-jornadas.
Tudo (ou quase tudo) o que se gasta gera receita fiscal que vai para o Estado. A partir daí o Estado faz o que quer. Obviamente devia investir em todos os setores basilares, mas se não o faz, a culpa é da JMJ?
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Encarar este evento como uma despesa diz bem da literacia financeira dos portugueses, ou então do ódio cego. Se se gastam 40 milhões e entram 400, onde está a despesa para o Estado?
A Igreja já errou e erra muito, sim claro. Eu próprio por diversas vezes já critiquei publicamente e nos devidos lugares (as coisas não se resolvem só com postas de pescada nas redes). Inclusive já mostrei o meu desagrado sobre alguns pacotes desta JMJ.
Mas utilizar pequenas coisas (e não, em “pequenas” não incluo abusos sexuais) para lançar fake News sobre o evento é triste, e é uma radiografia boa do estado do nosso país.
Para a JMJ vieram pessoas de todas as partes do mundo, dos cinco continentes, católicos e não católicos. Quem diria que Seroa receberia Eslovacos ou Argentinos, Penamaior Sul Coreanos ou Freamunde jovens polacos? Algo só ao alcance de um evento como a JMJ.
Vão falar com as comunidades locais e com os autarcas e perguntem se a juventude mundial nas aldeias e cidades portuguesas são uma coisa muito má.
Esta mensagem serve também para todos aqueles que na política optam pelo radicalismo, seja de que lado for.
Por um lado, o ódio à Igreja e aos jovens católicos, por outro o ódio ao Papa Francisco e às suas mensagens, não passaram e o Portugal que passou para o mundo inteiro foi um Portugal amigo e acolhedor.
Retomando ainda o ponto anterior sobre o nosso Papa, é um ser humano de excelência e a sua palavra de solidariedade, de amizade e amor ao próximo norteia a minha ação política, com muita honra.
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