18/05/2024, 0:00 h
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Cultura Opinião Abílio Travessas
CULTURA
Por Abílio Travessas (Colunista e Professor aposentado)
CULTURA
(Cumprimento dum paroquiano no 25 de Abril)
A entrevista de António Marujo ao padre José Martins Júnior é notável, um percurso de vida ao serviço dos mais desprotegidos que o levou a lutar contra os poderes, político e religioso, Alberto João Jardim e o bispo Teodoro. A comparação do processo do padre Frederico, que estava no Colégio Português de Roma, secretário do bispo Teodoro, acusado de pedofilia e de assassinato dum jovem, com o processo de Jesus Cristo, levou os padres Mário Tavares e Edgar Silva à política, em partidos de esquerda, traumatizados pelo caso. M Tavares: “Fiz de propósito, tinha que marcar posição para vincar a minha revolta perante a vergonha do caso Frederico”. Frederico não era padre, foi ordenado pelo bispo que o trouxe para a Madeira; alguns paroquianos não aceitaram e deixaram de ir à igreja.
Depois do 25 de Abril, “os rapazes apareceram em Machico a lutar ao lado dos camponeses contra a colonia, regime feudal, o camponês era servo da gleba, tinham de dar o trabalho e metade do que produziam – o senhorio, que vivia no litoral, nas cidades e mesmo em Lisboa, não permitia que se acrescentasse um quartinho à casa coberta de colmo; um senhor que era da confraria do Santíssimo Sacramento, que levava o pálio, era senhorio e lá foram pedir para deixar fazer o quarto, nunca deixou, era católico, era religioso. A Igreja também era senhoria de muitas terras”.
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“Ficámos amigos (eu e os rapazes da UDP), deram a cara, mas nunca fui do partido, mas os ideais coincidiam.”
Fica aqui o essencial sobre um homem esquecido por muitos mas também muito lembrado por aqueles que continuam a lutar por um modelo de sociedade não cumprida com a Revolução de Abril.
E viva o meu Sporting campeão!
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