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Gazeta Paços de Ferreira

10/05/2025, 9:54 h

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Investimento Estrangeiro em Portugal: Um Pilar Estratégico no Crescimento Económico do País

Opinião Opinião Politica Juventude Socialista

OPINIÃO POLÍTICA

"A economia portuguesa deverá ser capaz de transformar este ciclo de captação de investimento estrangeiro num verdadeiro motor de desenvolvimento."

Por Celso Leal (Juventude Socialista)

 

Numa conjuntura geopolítica global marcada por inúmeras incertezas — como a guerra entre a Ucrânia e a Rússia, as tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos e a afirmação da China como uma superpotência tecnológica — Portugal tem-se destacado como um porto seguro para o investimento direto estrangeiro (IDE). 

 

No ano transato, o IDE em Portugal atingiu um valor recorde de 13,2 mil milhões de euros — um aumento de 19% face ao ano anterior — refletindo não apenas uma recuperação pós-pandémica, mas também uma confiança dos investidores internacionais na economia portuguesa. 

 

Entre os principais fatores que desencadearam esta atração de investimento, destaque para a aposta em cursos das áreas STEM, mas também para o incremento de mão de obra altamente qualificada. Além disso, ao longo dos últimos anos, o Know-How adquirido em setores como as engenharias e as tecnologias de informação, tem permitido a Portugal, atrair investimentos em setores de elevado valor acrescentado. 

 

Um bom exemplo que retrata esta atratividade é o data-center inaugurado em Sines, no início do mês de abril de 2025. Devido ao trabalho desenvolvido pelo antigo governo socialista, liderado por António Costa, o novo centro de dados será responsável por captar para Portugal, cerca de 30 mil milhões de euros. 

 

 

 

 

Outro caso de sucesso, também ele concretizado pelo governo de António Costa, foi o investimento de 657 milhões de euros realizado pela Repsol, em Sines, destinado à construção de duas fábricas de polímeros. O projeto, considerado de Potencial Interesse Nacional (PIN), recebeu incentivos fiscais de 63 milhões de euros e permitirá a criação de 75 postos de trabalho diretos e 300 indiretos. 

 

A presença dominante de países europeus entre os principais investidores — como Espanha, Luxemburgo e os Países Baixos — tem permitido o reforço da integração de Portugal na economia europeia. Ao mesmo tempo, a posição geográfica do nosso país, tem fomentado uma ponte natural para outros continentes, contribuindo para o estabelecimento de novas rotas comerciais. 

 

A economia portuguesa deverá ser capaz de transformar este ciclo de captação de investimento estrangeiro num verdadeiro motor de desenvolvimento. A aposta nas infraestruturas públicas, a aceleração da justiça e a redução da burocracia administrativa deverão ser algumas das medidas-chave para se conseguir incrementar a competitividade nacional. O futuro económico de Portugal dependerá, em grande medida, da capacidade de atração de projetos estratégicos e da consolidação de uma base produtiva, que vá para além do turismo e dos serviços tradicionais.

 

O investimento direto estrangeiro não poderá ser visto apenas como uma oportunidade — mas sim uma necessidade, que garantirá a prosperidade e competitividade do país, num mundo cada vez mais exigente.

 

 

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