13/12/2023, 0:00 h
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OPINIÃO
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Com o passar dos anos o ambiente assume-se como sendo uma preocupação para a maioria das pessoas, levando a união europeia a implementar medidas para tentar reduzir a emissão de gases com efeito estufa, sendo a maior parte desses gases provenientes dos veículos.
Uma das primeiras medidas a surgir nesta tentativa de redução de emissões, foi a obrigatoriedade de veículos a diesel possuírem filtro de partículas (DPF), que nada mais é do que um filtro composto por um material poroso que permite a passagem de gases de escape, mas retém partículas sólidas presentes nesses gases, partículas essas que posteriormente precisam de ser queimadas para manter a eficiência do filtro. Isso é feito por meio de um processo chamado regeneração, pode ser passiva (ocorrendo naturalmente em altas temperaturas) ou ativa (usando um aditivo para aumentar a temperatura).
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Os anos foram-se passando e a evolução da tecnologia foi notável, surgindo os carros elétricos, estando estes isentos de IUC e existindo ainda incentivos à compra de veículos elétricos, no entanto, nem tudo é um mar de rosas. A baixa autonomia conciliada com o demorado tempo para a recarregar, é um dos principais fatores para a não aquisição do mesmo.
Apresentando-se agora como alternativa, os veículos a hidrogénio que, apesar de se assemelharem aos veículos elétricos, distinguem-se pela forma como a energia é produzida e chega ao motor, enquanto nós elétricos convencionais a eletricidade vem da ligação á rede e é armazenada nas baterias, normalmente de lítio. Com o FCEV (Full Cell Eletric Vehicle) a energia é produzida internamente, em células de combustível, com recurso a hidrogênio. O gás está armazenado num tanque, quase como um depósito de combustível, o que permite abastecer tão rapidamente como um carro a gasóleo ou a gasolina.
O hidrogénio passa do depósito para as células de combustível, onde se divide em eletrões que criam a corrente elétrica para alimentar o motor, e protões, que se juntam a oxigénio e geram valor de água. Enquanto os carros a combustão emitem gases poluentes, os FCEV libertam apenas água, tão segura, que até poderia ser bebida.
O hidrogénio verde tem sido muito referido como uma prometedora fonte de energia limpa tanto para gerar calor, como para produzir eletricidade. Com a guerra na Ucrânia, com a necessidade da Europa se tornar independente a nível energético e com a necessidade de reduzir cada vez mais os gases com efeito estufa, a aposta no hidrogénio verde aumentou e apresenta-se agora como o grande combatente ao petróleo.
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