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Gazeta Paços de Ferreira

11/01/2022, 0:00 h

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Futebol inglês é o que há para ver

Desporto

Todos nós gostamos do dia depois do Natal, porque há jogos da liga inglesa. Grande parte das pessoas estão em casa e o tempo nunca é perdido quando se vê a Premier League. E este é exatamente o ponto: estamos em casa a ver o futebol dos outros, quando podíamos estar nos estádios a ver o nosso.

A Premier League tem o melhor futebol do mundo não só pela qualidade dos jogadores, mas também pelo que se passa fora das quatro linhas: os adeptos valorizam e a organização sabe vender o produto que tem.

E o Boxing Day é um perfeito exemplo disso.

Todos nós gostamos do dia depois do Natal, porque há jogos da liga inglesa. Grande parte das pessoas estão em casa e o tempo nunca é perdido quando se vê a Premier League. E este é exatamente o ponto: estamos em casa a ver o futebol dos outros, quando podíamos estar nos estádios a ver o nosso.

A época festiva de final de ano é, provavelmente a par do mês de agosto, a altura em que menos pessoas trabalham. Os emigrantes regressam para um Natal em família e o futebol está parado.

 É a altura perfeita para ir ao futebol em família. Aumentar receitas de bilheteira.

Na minha opinião, não existe um Boxing Day em Portugal por questões diretivas: os preços dos bilhetes são elevados e os calendários estão mal feitos.

A Taça da Liga tem um formato que urge de remodelação e serve apenas a organização e os clubes do costume. Para além disso, ocupa uma semana de janeiro (meias finais durante a semana e final no fim de semana) que dá uma taça, medalhas e um rótulo de “Campeão de Inverno” que não serve para nada.

Uma Taça da Liga com um sorteio puro desde o início tem mais interesse e é mais justa para todos.

Em Portugal, a tradição do futebol é grande, mas a presença nos estádios é cada vez menor. Por muito que se lute contra isso, nunca conseguiremos ver uma luz ao fundo do túnel se não existirem incentivos por parte de quem manda.

Acusar a falta de qualidade dentro de campo para a pouca presença de adeptos nas bancadas é não ter noção da realidade do futebol português. E só diz isso quem não vê futebol.

Comecem por colocar os preços dos bilhetes a um nível que uma família de quatro pessoas consiga ir sem que essa despesa faça uma grande mossa no orçamento mensal. Depois veremos se a média de assistências não sobe.

Enquanto se olharem para os adeptos como números em vez de parte integrante do jogo, teremos o futebol que merecemos.

Pedro Queirós

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