Por
Gazeta Paços de Ferreira

24/01/2023, 0:00 h

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ESTE PAÍS NÃO É PARA CRIANÇAS!

Opinião Partido Comunista

Uma visão social crítica

Os direitos das crianças e de seus pais raramente são colocados em lugar de destaque na resposta global aos problemas do País.

 

 Os direitos das crianças e de seus pais raramente são colocados em lugar de destaque na resposta global aos problemas do País. Dizemos (embora agora cada vez menos!) que as crianças são um bem precioso, que a maior riqueza de um país, de qualquer país, é a sua população, que as crianças de hoje são os adultos da próxima geração. Queremos que as crianças cresçam saudáveis, curiosas, interessadas, sabedoras. Mas não passamos disso, dessas proclamações sem conteúdo concreto.

Vejamos algumas dimensões como o desenvolvimento integral das crianças, a quebra demográfica, a situação social.

Como desenvolver globalmente e assim maximizar as capacidades das crianças (em especial até aos 14 anos) de forma determinante? Eis a pergunta essencial. Será que ainda acreditamos que no seu desenvolvimento estão maioria em factores genéticos, depreciando a existência social?

Para a aquisição de saberes, para compreender criticamente a realidade, para o enriquecimento do raciocínio, da atenção, da concentração, da criatividade, etc., as crianças necessitam fundamentalmente de uma base de condições que começa na família, dotada ela própria de capacitações e condições sócio-económicas e culturais.

As famílias têm um papel insubstituível na vida das crianças. Mas falar das crianças exige falar dos pais. Como falar assim, de forma séria, de direitos das crianças, com por exemplo pais emigrantes ausentes, ou com salários insuficientes, ou com horários de trabalho desregulados, ou com precariedade laboral, com despesas familiares crescentes e incomportáveis? Como assegurar a igualdade de condições que garantam no mínimo a igualdade de oportunidades de crescer e ser feliz?

V

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Sejamos concretos. As crianças do Portugal de hoje sofrem com a nossa indiferença. Sofrem com a ausência de preocupação e garantias do Estado, da sua responsabilização no seu porvir e na sua felicidade. Elas passam tempo de mais na escola desde os poucos meses de vida, dormem de menos, brincam de menos, estão tempo a menos com as famílias ou ao ar livre. Nas nossas cidades e vilas são raros, raríssimos, os momentos em que vemos crianças e jovens, de forma espontânea a brincar, a jogar, a divertir-se, a socializarem.

Cristiano Ribeiro, Militante do PCP

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