Entre a perceção e a realidade: O Verdadeiro arranque das Presidenciais

Este fim de semana ficou marcado pelo arranque das eleições presidenciais. Depois do pré-anúncio da candidatura do almirante Gouveia e Melo, foi a vez da Iniciativa Liberal e do Partido Social Democrata verem os seus militantes anunciarem as respetivas candidaturas. No caso da candidatura de Marques Mendes, esta já era prevista por muitos, ou seja, a maioria dos portugueses já tinha a perceção de que ele seria o candidato da área política do PSD.

Cada vez mais, na política, a perceção ou sensação são expressões amplamente utilizadas, onde temos como exemplo mais recente e mediático a segurança. Contudo, neste momento, estas expressões são transversais a muitos temas da ação política. Esta ideia foi adotada dos novos boletins informativos de meteorologia, quando, por exemplo, referem que a temperatura será de 8 graus, mas a sensação térmica é de 10 ou 6 graus. Ou seja, existe uma diferença entre o que é anunciado e o que realmente sentimos.

Como referia, hoje na política vivemos também esta dicotomia, onde, todos os dias, nos tentam transmitir informações sobre diversos factos, mas que, na realidade, não se traduzem em verdadeiras melhorias. Um exemplo claro é o que acontece no nosso concelho: dizem-nos que temos melhor mobilidade e acessibilidades, mais respostas sociais, melhor habitação, melhores zonas de acolhimento empresarial e novos equipamentos culturais. No entanto, aquilo que realmente verificamos é que tudo permanece praticamente igual. Estão apenas a tentar induzir-nos sensações!

Espero que, nos próximos dias, o anúncio oficial da candidatura de Marques Mendes deixe de ser uma sensação e passe a ser uma realidade. Que seja a candidatura de um centro político moderado e de confiança, contrariando a ideia errada de que o populismo e o extremismo podem ser soluções milagrosas para o futuro.

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