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Gazeta Paços de Ferreira

07/12/2023, 0:00 h

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ELES FIZERAM OS NOSSOS DIAS ASSIM

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Israel mata 4 civis palestinianos por minuto e seis crianças por hora, mil toneladas de bombas em Gaza por dia. Há 50.000 mulheres grávidas na Faixa de Gaza Sarah, 5500 prestes a dar à luz sem acesso a serviços básicos de saúde.

Por Cristiano Ribeiro (Médico e Militante do PCP)

 

 

A lista retirada de aljazeera.com contém os nomes de alguns bebés assassinados nos bombardeamentos de Israel contra a Faixa de Gaza, todos com menos de um ano completo. 

 

A lista prolongava-se por mais de 330 páginas contendo o nome e a idade de todos os mortos que foi possível identificar até ao dia 25 de outubro: bebés, crianças, jovens, idosos, grávidas, refugiados de 1948 e de 1967, médicos, enfermeiros, jornalistas, funcionários da Nações Unidas.

 

Quando há quem tente centrar o debate em saber qual a “medida certa” do mal chamado direito de Israel a defender-se e em regatear os números das vítimas apresentados pelas autoridades de Gaza e por organizações internacionais que lá trabalham, é útil lembrar que os palestinianos são pessoas  e não números. 

 

Que cada morte deixa pais sem filhos e filhos sem pais, sonhos desfeitos e traumas inimagináveis. Como se fosse cá. Ou em qualquer outro lado. 

 

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São a 9 de novembro  10.022 mortos, 1050 famílias com vários membros mortos, 25.408 feridos, mais de 2500 pessoas desaparecidas, 1,5 milhões de deslocados, 267 escolas destruídas,  ou danificadas, 113 instalações de saúde atacadas, 16 hospitais e 32 centros de saúde fora de serviço, assassinato de 198 profissionais de saúde, 89 funcionários das Nações Unidas, 47 jornalistas. 

 

Parar de imediato o massacre, a agressão, a escalada da guerra. Permitir a entrada de ajuda humanitária. Cumprir as resoluções da ONU. Fim à ocupação e aos seus instrumentos. Criar um Estado da Palestina soberano, independente e viável nas fronteiras anteriores a junho de 1067 e com capital em Jerusalém Oriental. 

 

Israel mata 4 civis palestinianos por minuto e seis crianças por hora, mil toneladas de bombas em Gaza por dia. Há 50.000 mulheres grávidas na Faixa de Gaza Sarah, 5500 prestes a dar à luz sem acesso a serviços básicos de saúde.  4.ª geração de palestinianos a nascer em condições de ocupação  e que transportam  qual herança genética i a memória do medo, da raiva,  da dor,  do desespero,  da angústia, da revolta  a par da vontade indomável de resistir.  Sempre. 32 resoluções da ONU por acatar . 

 

Os 27 da União Europeia acham “preocupante” o genocídio, pedem “pausas” em vez de cessar-fogo,  proíbem sem pudor manifestações de solidariedade com o povo palestiniano. Hipócritas! Bandeiras pela Paz! Bandeiras pela justiça! Contra o assassínio impune de…

 

Rayan Al-Astal , Mian Al-Astal , Salam Al –Astal ,  Zein Al – Naijar, Yasmine El Masry, Maria Al-Masry, Aisha Shaheen, Rahima Shaheen, Joel Al-Amsh… Manal Abu Al-Awf …Youssef Abu Mahdi…Rafif Al-Faqawi…Jihad Al- Dalis…Diaa Musa…Lana Loulou…Fahd Al-Ajez…ShamAl-Qulaidi---Celine Al-Bahtidi--- Salama Abu Atiwi…Aylool Abu Rahma…Maria Al-Shanti…Abdul Hoso…e muitos outros, com menos de um ano de idade

Nota: Os textos e nomes foram recolhidos por aí. A raiva nasceu aqui.


Cristiano Ribeiro, Membro do PCP.

 

 

 

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