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Gazeta Paços de Ferreira

30/09/2021, 0:00 h

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Eleições autárquicas : esperar para ver

Editorial

As recentes eleições autárquicas não trouxeram praticamente nada de novo.

Humberto Brito, presidente da Câmara Municipal e candidato apresentado pelo Partido Socialista, confirmou a maioria absoluta vinda dos anteriores sufrágios de 2013 e 2017.

Alexandre Costa, em representação, do Partido Social Democrata, não adregou mais do que ser derrotado menos pesadamente do que o seu antecessor de 2017, deixando, no entanto, intocada a força e a hegemonia adversária para sua prática autárquica futura.

No entanto, espera-se que no Executivo Municipal, cumprindo a promessa de uma oposição construtiva, seja capaz de contribuir para uma visão mais alargada dos programas e enriquecimento das decisões.

Esse espírito de diálogo também se espera na Assembleia Municipal, que deverá elevar o seu nível de debate, para o qual deverá ser entregue em tempo oportuno a respectiva documentação aos deputados municipais e aos órgãos de comunicação social, e jamais se poderão repetir práticas de agressividade verbal, que muito contribuem/contribuirão para o desprestígio da Assembleia, agravado, agora que as suas sessões deverão continuar a ser transmitidas por meios electrónicos.

A surpresa causada pela Coligação Democrática Unitária CDU, ao aumentar significativamente a sua votação, apenas introduziu um sinal de esperança para o futuro, já que no presente, assentando essencialmente na cidade de Freamunde, é de efeitos meramente simbólicos e limitados – dois eleitos para a Assembleia de Freguesia que não afectam a maioria absoluta socialista.

A votação global, que quase permitia a eleição do deputado à Assembleia Municipal perdido em 1997, poderá mobilizar os responsáveis da Coligação para lhe introduzir as necessárias reformas para a sua afirmação como uma sólida força autárquica em próximo futuro.

Estas eleições tiveram a virtude de trazer para a agenda pública importantes temas para a vida e bem-estar das populações, como a mobilidade interna e externa, a alternativa CIM Tâmega e Sousa/Área Metropolitana do Porto, habitação, arrendamento acessível para jovens, fixação dos jovens, ensino tecnológico, cultura, apoios sociais, nomeadamente à 3ª idade.

Espera-se a passagem das palavras aos actos.


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