03/08/2025, 0:00 h
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OPINIÃO POLÍTICA
Por Teresa Paula Costa (Membro da Comissão Política Concelhia de Paços de Ferreira do PSD)
As eleições autárquicas são o momento mais próximo entre os cidadãos e o poder político. É nas freguesias, nas vilas e nas cidades que as decisões políticas ganham rosto e impacto imediato na vida das pessoas. A gestão do lixo, o transporte público, a habitação local, a educação de proximidade, a cultura; tudo se decide nas câmaras e juntas. Por isso, o voto autárquico é tão importante e exige uma reflexão séria centrada em três aspetos fundamentais: o perfil dos candidatos, a renovação (ou não) de mandatos e o risco crescente dos extremismos.
Cada eleição apresenta um leque variado de candidatos: desde os que já conhecem o terreno até aos que aparecem com promessas de transformação. O poder local exige proximidade, sim, mas também conhecimento técnico, visão estratégica e capacidade de diálogo. Os eleitores devem olhar para o currículo, os projetos propostos e a capacidade de liderança real, provas dadas na vida profissional e social; o compromisso com a transparência e a participação cívica.
A continuidade no poder pode significar estabilidade e experiência, mas também pode traduzir-se em estagnação, compadrio e falta de ambição. Mandatos sucessivos sem escrutínio sério transformam líderes em gestores automáticos, mais preocupados com a manutenção do poder do que com o bem comum. A democracia ganha quando há renovação, novas ideias e uma oposição saudável. A rotatividade deve ser vista como um sinal de saúde política, e não como uma ameaça.
Cada eleição é uma oportunidade de redefinir prioridades. É o momento para repensar modelos de urbanismo, apoiar políticas ambientais mais eficazes, investir na coesão social e defender a habitação acessível, promovendo a melhoria das condições de vida.
O descontentamento social tem sido terreno fértil para movimentos extremistas, à direita e à esquerda, que oferecem soluções simples para problemas complexos. No espaço autárquico, esse discurso pode parecer sedutor, mas é perigoso. A radicalização não resolve, apenas divide. É essencial que os eleitores estejam atentos às propostas que parecem fáceis demais, geralmente, não passam de ilusões.
A abstenção, infelizmente, continua a ser um dos maiores adversários da democracia. Votar é mais do que um direito, é um dever de cidadania.
Os eleitores têm agora a oportunidade de aproveitar o período de férias para reflectirem seriamente sobre o que pretendem para o futuro.
É hora de exigirmos MAIS para o nosso concelho.
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