21/11/2022, 0:00 h
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Atualmente verifica-se um significativo ressurgimento dos partidos da direita e da extrema direita por toda Europa.
Não são os fascismos clássicos. Distinguem-se dos seus antepassados por terem dispensado as tropas de choque, não proporem o genocídio em massa, moderarem alguns dos seus tiques totalitários, escusarem se a prosseguir políticas económicas corporativistas em favor do aprofundamento das políticas económicas neoliberais.
Trata-se de um neofascismo que se apresenta com uma paleta variável de tipologias interventivas desde os tipos mais trauliteiros até aos mais fragrantes.
São os neofascismos que se têm espalhado por todo mundo, alimentados pela desenfreada especulação financeira pela ordem internacional unipolar comandada pelos Estados Unidos e pela NATO e suportada e vendida por uma bem oleada máquina comunicacional.
Na Europa, partidos assumidamente herdeiros dos fascismo históricos assumem o poder, como agora em Itália, ou estão em larga representação no poder, influenciando ,como na Suécia, o que já era regular na Polónia, Hungria, Eslováquia e nos países bálticos – Letónia, Lituânia, Estónia - onde a ultradireita tem uma forte influência no poder.
O fascismo tem registado avanços importantes em França, Espanha, Alemanha, Áustria, Croácia, o que deveria ser um fortíssimo sinal de alarme para todos os democratas.
Se o neofascismo assalta Europa foi porque lhe abriram as portas, desde a direita democrática às esquerdas, claro que de forma diversa, claudicando ou ausentando-se do combate.
Infelizmente, a extrema direita europeia nunca foi isolada, deram-lhe sempre corda, como recentemente se verificou com o PSD e o Chega nos Açores.
Muito preocupante o que se passa actualmente na Europa e cá em Portugal: a existência de uma forte vontade popular a exprimir o seu apoio à extrema direita.
Assumem grande responsabilidade neste facto as elites políticas dominantes, que se entretêm em jogos político/eleitorais, se submetem aos ditames europeus e se preocupam menos com a satisfação dos reais problemas das populações, especialmente das mais carenciadas, fazendo crescer a indignação e a revolta, aliadas a a uma comunicação social virada para o entretenimento e a manipulação.
(É assim que surgem os salvadores de botas cardadas ou, na versão actual, de verbo fácil…)
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