17/12/2021, 0:00 h
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A presente quadra natalícia vem acompanhada dos naturais receios de mais um agravamento da situação pandémica, que vivemos há quase dois anos, que forçaram ao cancelamento de muitas das actividades, que, tradicionalmente, vêm assinalando esta data primeira do calendário cristão ou gregoriano.
Em Paços de Ferreira, felizmente, vem-se registando uma tendência para a diminuição de casos de pessoas infectadas, ao que não serão alheios os níveis elevados de vacinação e de testagem atingidos e de consciência cívica da população.
Esta situação não deverá conduzir – nos, no entanto, ao relaxamento, que poderá, caso se verifique, fazer-nos regressar a um passado recente de triste memória.
Esta consciência cívica deverá estar presente na tomada de conhecimento e na apreciação de uma série de casos sociais, económicos, políticos e , mesmo desportivos, que têm vindo a ocupar um vasto e alargado espaço mediático, inclusive na presente edição do nosso jornal, com os textos de Cristiano Ribeiro e Óscar Leal.
São os casos dos dirigentes desportivos Luis Filipe Vieira e Pinto da Costa, do autarca Rui Moreira, do ex-ministro Manuel Pinho, e do ex-banqueiro João Rendeiro - ilustres seguidores dos ex- venerados Sócrates e Salgado – que vêm sendo julgados na praça pública, em clara violação dos direitos dos arguidos, nomeadamente, da presunção de inocência e do segredo de justiça.
Com estes casos televisões e jornais gastam fortes cabedais informativos. Fazem-se directos, entrevistas, mesas redondas e quadradas. Sábios debitam – nos as suas mais variadas sabedorias.
Até se publicam fotos de arguidos em pijama, que por seu turno, depois de crimes de milhões e fugas em jacto privado, nos divertem com propostas de 2000 euros de fiança para não ficarem na “pildra”
E assim destes casos fica-se a saber muita coisa.
Contudo, não se fica a saber o que nos parece essencial e, normalmente, não é abordado no aparelho mediático dominante.
Essencial seria discutir-se, entre outras matérias, as características dos sucessivos governos, inseridos neste capitalismo neoliberal, submissos aos grandes interesses do capital financeiro internacional, com as offshores, as benesses fiscais nos paraísos fiscais, as portas rolantes entre governos, empresas, grandes escritórios de advogados e outras instituições nacionais e internacionais.
(É óbvio que será empreitada para mais tarde)
NELSON MANDELA
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