E Se Corre Bem? (Parte II)

Rúben Amorim já começou a trabalhar no Manchester United. A conquista da Taça de Inglaterra adiou um despedimento já há muito certo de Erik ten Hag e atrasou, e muito, a vida do United.

Agora, Rúben Amorim herda um plantel desequilibrado e com um défice de qualidade, que não lhe permite lutar por títulos.

Ainda assim, Rúben Amorim fez bem em aceitar.

Primeiro, porque estamos a falar de um dos maiores clubes do mundo, na melhor liga do mundo.

Segundo, porque é melhor ir agora, com o campeonato perdido e com o plantel feito por outro treinador, para dar tempo de trabalho e hipótese de idealizar a próxima época.

Terceiro, porque o clube já não é campeão desde 2013 e Erik ten Hag teve um reinado bastante mau, pelo que não será difícil, a Rúben Amorim, deixar uma melhor imagem. Tanto que até o interino, Ruud Van Nistelrooy, não perdeu nenhum dos três jogos em que esteve à frente da equipa.

Aos adeptos ingleses, o novo treinador já prometeu “uma ideia” de jogo; já surpreendeu adeptos, que faziam uma visita ao estádio e já é cara de uma linha de merchandising.

A ligação conseguida no Sporting já está a ser trabalhada em Inglaterra. Talvez, porque finalmente, se tenha percebido que o treinador, com todas as responsabilidades de liderança que tem, não precisa de estar num mundo à parte, pode ser mais um a agregar todos em volta de um objetivo.

E sendo o United um clube em que os proprietários e os adeptos não são melhores amigos, é essencial ter uma figura capaz de ter uma comunicação mais leve, voltada para o objetivo comum e que afaste as polémicas das costas dos jogadores.

O Manchester United completa 150 anos em 2028 e o objetivo é recuperar o título até essa altura.

A montanha é alta, o projeto é duro - porque ser um dos maiores clubes do mundo também traz muitas setas apontadas -, tem tudo para correr mal, mas… e se corre bem?

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