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Gazeta Paços de Ferreira

23/01/2024, 0:00 h

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Duas Notas

Opinião Opinião Politica Partido Comunista

OPINIÃO POLÍTICA

Não sou fã da orientação muitas vezes sectária das publicações. E chego por vezes a exasperar-me como aconteceu hoje no JN com o silenciamento de uma iniciativa de início da campanha eleitoral da CDU, em auditório cheio da Maia. Mas a minha consciência obriga-me a não silenciar o apoio aos trabalhadores em luta.

Por Cristiano Ribeiro (Médico e Militante do PCP)

NÚMEROS

 

 

Os números por vezes desmentem grosseiramente os chamados “irritantemente optimistas”. Em novembro de 2023, de 2224 vagas criadas pelo Estado para formação de novos Médicos Especialistas só foram ocupados 1836 lugares.

 

 

E eu torci o nariz…

 

 

Agora de 953 vagas criadas para ocupação de Médicos já Especialistas em Medicina Geral e Familiar o desastre foi total. Dados preliminares ainda no segredo dos Deuses mostram que só na zona Norte há 49 vagas não ocupadas. Sendo esta zona a mais procurada e a mais atrativa, temo que a atratividade do SNS nomeadamente na zona Centro e Sul seja preocupante.

 

 

E portanto inúmeros locais e concelhos (!) deste país ficarão sem assistência médica.

 

 

Para os mais “distraídos”, e que navegam nas águas do “irritante optimismo”, relembro que uma das razões decisivas da recusa de orçamentos e de recusa de apoio parlamentar nos finais da década de 20 por parte do PCP foi o estado crescentemente deteriorado da gestão da Saúde por parte do PS.

 

 

Já não torço o nariz só.

 

 

O Capitalismo por vezes tritura os seus serviçais.

 

 

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Os trabalhadores do grupo de comunicação social Global Media estão em sério risco de perder o seu emprego e não terem a remuneração salarial a que têm direito. São jornalistas, técnicos, gráficos e outros trabalhadores que vêm a sua vida interrompida gravemente. São meios de comunicação social importantes, como o DN, o JN, o Jogo, a TSF, o Dinheiro Vivo, a Navepinter, etc. A Administração foi parar a um Fundo de Investimento abutre com sede nas Bahamas, que determina assim o seu destino. Há certamente responsabilidades nas últimas Administrações e Direções das publicações. A defesa do património e do estatuto editorial não se efetivou.

 

 

Não sou fã da orientação muitas vezes sectária das publicações. E chego por vezes a exasperar-me como aconteceu hoje no JN com o silenciamento de uma iniciativa de início da campanha eleitoral da CDU, em auditório cheio da Maia. Mas a minha consciência obriga-me a não silenciar o apoio aos trabalhadores em luta.

 

 

O capitalismo no controle da informação e na formação de opinião não dorme. E por vezes até tritura os seus serviçais.

 

 

 

 

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