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Gazeta Paços de Ferreira

13/04/2023, 0:00 h

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DOS FACTOS

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OPINIÃO POLÍTICA

Apesar do extraordinário desempenho económico que obtivemos nos últimos anos, o foco principal da governação foi na redistribuição, substituindo o individualismo pelos valores da solidariedade, com a finalidade da preservação da estabilidade social, assegurando desta forma a liberdade dos cidadãos mais desfavorecidos, e encurtando terreno para os populismos prosperarem.

Hugo Lopes

 

Muita tinta vem sendo gasta, muitas horas televisivas dedicadas e uma imensidão de publicações das redes sociais “postadas” a falar do Governo. Contudo muito pouco se tem falado de governação.

Não defendo que uma coisa deva anular a outra. Razão pela qual considero que se vem dando muito pouca atenção à segunda em favor absoluto da primeira. E isto deve-se aos resultados da governação, que não são foco nem da oposição, nem dos Órgãos de Comunicação Social, e consequentemente, nem mesmo do Governo. Como costuma dizer o Presidente da República, ao Governo compete governar. Então falemos dos resultados da governação.

Apesar do extraordinário desempenho económico que obtivemos nos últimos anos, o foco principal da governação foi na redistribuição, substituindo o individualismo pelos valores da solidariedade, com a finalidade da preservação da estabilidade social, assegurando desta forma a liberdade dos cidadãos mais desfavorecidos, e encurtando terreno para os populismos prosperarem.

Comecemos pela taxa de desemprego que foi de 6% em 2022, quando era 12,9% em 2015. Em Fevereiro de 2023, havia menos 28.619 pessoas desempregadas, do que no mesmo mês do ano anterior. Sendo o segundo valor de desemprego mais baixo de sempre, mesmo no grupo dos jovens o qual também registou o segundo valor mais baixo de sempre, correspondendo a 11%. Mais de 4 milhões e meio de trabalhadores por conta de outrem contribuíram para a Segurança Social em 2022, o que representa um aumento de 7% relativamente ao ano anterior e é o número mais elevado dos últimos 20 anos.

 

 

 

 

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O número de pessoas em risco de pobreza diminuiu 2% em 2021 para 16,4%, relativamente a 2020, sendo a maior redução de sempre na história, mesmo numa fase difícil na economia internacional. É o segundo valor mais baixo de sempre, sendo o mais baixo 16,2% em 2019, reforçando a trajetória de redução trazido por este Governo, a qual só foi diferente em 2020, devido à pandemia. Desde 2015, ocorreu uma redução de 25% nas pessoas em risco de pobreza. Também a taxa de pobreza e exclusão social obteve o menor valor de sempre em 2022 de 19,4%, diminuído 3% face a 2021 e correspondendo a uma redução de 734 mil pessoas nesta situação, desde 2015, ou seja menos 27%.

Naturalmente que resultados deste tipo só acontecem com políticas efetivas de redistribuição que se verificam no aumento das prestações sociais e na criação de novas prestações sociais.

Aliás, a própria ação política no combate ao impacto da inflação e da especulação nos preços dos alimentos, tem tido como principais beneficiários os mais desfavorecidos.

Resultados destes são incomparáveis na história da governação no Portugal democrático e muito menos encontram equiparação em qualquer período governativo da direita.

 
 
Hugo de Sousa Lopes 
 
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