29/12/2024, 0:00 h
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POESIA
Por Olinda de Sousa
I
PRESÉPIO DO NATAL
Um dia, São Francisco,
Teve um sonho Divinal,
Viu nascer Jesus Cristo
Num Presépio de Natal
Então fez do sonho, o mais
Belo momento feliz,
Espalhou homens e animais
Pelos montes de Assis.
Elevando a Terra ao Céu,
Assim fez nascer
Um Presépio ao Vivo.
Nessa Terra estava eu,
Sonhando estar a viver
A mais bela história de um motivo!
II
AOS MENDIGOS, SEM-ABRIGO
Passei por ti…
Por ti velho inútil que mendigas
De porta em porta…
Como folha baloiçando
À gré do vento
Duma estação morta.
Passei por ti…
E com um sorriso
(sorriso doce mosto)
Limpei-te as lágrimas do rosto.
Mas ninguém mais te viu!
Ninguém mais te sorriu!
Ninguém mais limpou tuas lágrimas!
Ninguém!...
Porque os outros não podem perder tempo,
Não podem perder tempo contigo,
Folha morta à gré do vento
Pobre-velho, inútil-mendigo.
III
O MEU MELHOR POEMA
(Ao meu filho que nasceu no dia 20, vésperas de Natal)
Filho meu,
Meu querubim,
Meu eu
Para além de mim!
Dei-te a ponta do fio,
Para seguires a meada
Da vida
Que agora é tua.
Segue, luta, continua
Ó princípio do meu fim,
Princípio e fim do meu nada!
Diante de ti
Há uma estrada
Que é preciso percorrer…
Não enveredes por atalhos
Porque te metes em trabalhos
E podes não ter saída!
Segue…eu fico.
Fico, mas sei que não vou morrer,
Pois vejo em ti,
Minha vida,
A continuação do meu ser!
Meu filho,
Faço das palavras de Castilho
Meu segredo:
“Toma de meu coração um pouco
Para que nunca tenhas medo…”
Medo de amar…
Amar que nem um louco!
E se este tema
For o teu lema…
Tu serás, filho,
O meu melhor poema!
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