Por
Gazeta Paços de Ferreira

29/12/2024, 0:00 h

243

DOIS POEMAS COM CHEIRINHO A NATAL (E OUTRO)

Cultura

POESIA

NUNCA É SÓ NO NATAL,

MAS SEMPRE, SEMPRE
QUE DESEJO O MELHOR
PARA TODOS, TODOS.

OLINDA DE SOUSA

Por Olinda de Sousa

 

I

PRESÉPIO DO NATAL

 

Um dia, São Francisco,

Teve um sonho Divinal,

Viu nascer Jesus Cristo

Num Presépio de Natal


 

Então fez do sonho, o mais

Belo momento feliz,

Espalhou homens e animais

Pelos montes de Assis.

 

 

Elevando a Terra ao Céu,

Assim fez nascer

Um Presépio ao Vivo. 

 

 

Nessa Terra estava eu,

Sonhando estar a viver

A mais bela história de um motivo!

 

 

II

AOS MENDIGOS, SEM-ABRIGO

 

Passei por ti…

Por ti velho inútil que mendigas

De porta em porta…

Como folha baloiçando

À gré do vento

Duma estação morta.

 

Passei por ti…

E com um sorriso

(sorriso doce mosto)

Limpei-te as lágrimas do rosto.

Mas ninguém mais te viu!

Ninguém mais te sorriu!

Ninguém mais limpou tuas lágrimas!

Ninguém!...

 

Porque os outros não podem perder tempo,

Não podem perder tempo contigo,

Folha morta à gré do vento

Pobre-velho, inútil-mendigo.
 

 

 

III

O MEU MELHOR POEMA

(Ao meu filho que nasceu no dia 20, vésperas de Natal)

 

      Filho meu,

               Meu querubim,

Meu eu

                  Para além de mim!

 

                  Dei-te a ponta do fio,

                     Para seguires a meada

Da vida

            Que agora é tua.

 

                  Segue, luta, continua

                       Ó princípio do meu fim,

                                Princípio e fim do meu nada!

 

Diante de ti 

      Há uma estrada

                     Que é preciso percorrer…

                      Não enveredes por atalhos

                            Porque te metes em trabalhos

            E podes não ter saída!

 

Segue…eu fico.

                                 Fico, mas sei que não vou morrer,

Pois vejo em ti,

Minha vida,

                    A continuação do meu ser!


 

Meu filho,

                              Faço das palavras de Castilho

   Meu segredo:

                                        “Toma de meu coração um pouco

                                   Para que nunca tenhas medo…”

       Medo de amar…

                       Amar que nem um louco!

 

E se este tema

  For o teu lema…

Tu serás, filho,

               O meu melhor poema!

 

 

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