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Gazeta Paços de Ferreira

17/03/2022, 0:00 h

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Dia do pai sem filhos…

Opinião

Aos filhos que nunca valorizaram o seu pai, que o têm ali sempre disponível, afetuoso, que deixa tudo em prol do bem estar deles, que todos os dias trabalham arduamente para que nunca nada lhes falte, mas que acham que essa é a sua obrigação, por que esse é o papel de pai, eu vou dizer, vocês não sabem a dádiva que é terem um pai assim. Valorizam-no enquanto têm tempo.

Porque o dia do pai está à porta eu quero homenagear, principalmente, os pais Ucranianos.

O pai que está na frente do conflito e teu os seus filhos sobre o fogo. O pai civil que na esperança de poder salvar a sua família unida, tentaram a fuga mas que não lhes foi permitido e com toda a resiliência simplesmente se despediram com um beijo e voltaram ao cenário que tanto gostariam de deixar para trás.

Aos filhos que já perderam o seu pai nesta guerra estúpida que lhes foi imposta e que neste dia não o têm para lhe poder, no mínimo, chamar: meu pai.

Porque a esta gente foi roubada a magia de ser pai e ser filho, neste dia mágico, que pode ser mais um dia, mas aqui carrega-se de uma carga emocional enorme que só compreende quem já não o pode viver.

E vou extrapolar para todos os pais e filhos do mundo.

Aos filhos que nunca valorizaram o seu pai, que o têm ali sempre disponível, afetuoso, que deixa tudo em prol do bem estar deles, que todos os dias trabalham arduamente para que nunca nada lhes falte, mas que acham que essa é a sua obrigação, por que esse é o papel de pai, eu vou dizer, vocês não sabem a dádiva que é terem um pai assim. Valorizam-no enquanto têm tempo.

E aos pais que não sabem o papel que têm e simplesmente se comportam como progenitores. Que acham que os filhos são um fardo ou então que nunca fizeram nada para conhecer o seu filho, não se preocupam se o filho tem comida na mesa, se na vida se iriam tornar boas pessoas. A esses eu digo, que deveriam largar a sua covardia porque ser pai é uma bênção e não a consequência de 11 minutos das suas vidas.

Aos pais, que na sua velhice, vêm os filhos simplesmente a disputar a herança, fruto do trabalho de uma vida.

Aos pais cujos filhos simplesmente não querem cuidar deles na sua idade maior, e que o pai dá muito trabalho, eu quero dizer: eles foram pais o melhor que souberam e se muitas vezes não foram uns pais tão presentes, foram os pais que puderam ser. E de forma alguma deixam de ser Pais.

E para quem, tal como eu, já não o têm cá, acreditem sempre que mesmo que não o possam abraçar, ele está sempre no nosso coração. Amem sempre o vosso PAI.

Celina Pereira, Membro da Comissão Politica Concelhia de Paços de Ferreira do Partido Socialista

 

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