Dementes

Opinião Opinião Politica Partido Comunista

OPINIÃO

A falta de realismo dos EUA e lacaios europeus na gestão das relações internacionais é flagrante.

Cristiano Ribeiro

Janet Yellen, a Secretária do Tesouro dos EUA, cargo que na Europa corresponde a Ministra das Finanças, visitou recentemente a RP China.

 

Percebeu-se a urgência da visita. O objetivo seria, do ponto de vista norte-americano, "normalizar" as relações comerciais entre os dois países.

 

A recepção foi protocolarmente fria. A ilustre "avozinha" de 76 anos admitiu no final das negociações a existência de (cito) "desacordos significativos" com a China. Mas Janet Yellen disse porém que essas divergências deviam ser tema de um diálogo claro e direto até porque, pasme-se, (cito) “o mundo é suficientemente grande para as duas potências prosperarem”.

 

As duas potências! As declarações foram feitas no final de uma viagem de quatro dias a Pequim.

 

 

 

Pouco tempo antes tinha havido uma visita desastrosa do Secretário de Estado Antony Blinken, com o tema do balão em território americano considerado espião e a “solidariedade perante a Rússia”, a que se seguiu a despudorada e não-diplomática asserção do demente Biden sobre a "ditadura" chinesa.

 

 

As imagens televisivas de uma Yelllen cumprimentando com manifesta subserviência o líder chinês constituem-se em documentário de referência e ilustram simbolicamente a mudança da relação de poder na geopolítica mundial, nomeadamente a atitude do poderio económico e financeiro chinês perante o representante de um Estado falido. Entradas de leão, saídas de sendeiro.

 

 

 

 

A falta de realismo dos EUA e lacaios europeus na gestão das relações internacionais é flagrante. Vamos a factos alicerçados com números.

 

O Presidente Biden assinou uma lei para suspender até 1 de janeiro de 2025 o tecto da divida pública norte-americana para não entrar em incumprimento. A negociação entre Republicanos e Democratas foi difícil. Foi claramente um estado de necessidade

.

 

 

Do ano 2000 para agora o défice aumentou-se de 35% para 120% do PIB. Cada cidadão norte-americano deve a inacreditável soma de 94 mil dólares. Os cortes das despesas não–militares da administração, permitirão contrair dívida, mas serão um pequeno balão de oxigénio orçamental, com consequências sociais terríveis. Mas as despesas militares vão aumentar 3,5% em 2024. Para a Ucrânia, o governo norte-americano já forneceu 100 mil milhões de dólares, sendo 30 mil milhões em equipamentos militares e armas.

 

A RP China é digamos a fiadora, detentora da divida norte-americana. Daí a cautela de Yellen.

 

Mas acima de tudo (e isso já nos interessa particularmente) temos a prova expressa da impreparação, irresponsabilidade e mesmo imbecilidade da grande maioria dos políticos europeus.

 

 

 

 

Com o alinhamento radical da UE com os EUA, vêm-se confrontados agora, para já em palavras, mas no futuro com algo mais, com uma dinâmica de um novo Tratado de Tordesilhas comercial que exclui e fragiliza a Europa e os seus interesses.

 

Costa, Cravinho e quejandos continuam entretidos com a unanimidade malfazeja. Dou um exemplo. Cerca de 11% das empresas alemães já se deslocalizaram para os EUA, recordando os tempos prévios da II Guerra Mundial em que o mesmo fenómeno aconteceu. É um sinal preocupante. O motor da economia europeia entrou em recessão, em pane. Que fazer? Quando a AutoEuropa se for, que fazer?

 

ASSINE GAZETA DE PAÇOS DE FERREIRA

Opinião

Opinião

O Atraso no Plano Diretor Municipal em Paços de Ferreira: Um Obstáculo ao Desenvolvimento

15/09/2024

Opinião

Ter ou não ter... eleições

15/09/2024

Opinião

Jogos Olímpicos

14/09/2024

Opinião

Sai um Mundial para a Mesa do Vinicius

14/09/2024