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Gazeta Paços de Ferreira

29/03/2025, 10:38 h

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De Terço na Mão

Futebol Opinião Pedro Queirós

DESPORTO

No Euro2024, Roberto Martinez apelidou a sua comitiva de “Os Apaixonados”. Por este andar, e pelas opções do selecionador, a atual seleção terá de ter o cognome de “Os Crentes”.

Por Pedro Queirós

 

Na primeira mão, deixou a única opção para ponta de lança de raiz, Gonçalo Ramos, de fora dos convocados. Fez o mesmo com Francisco Conceição. 

 

Entrou em campo com a dupla Vitinha-João Neves, das mais elogiadas da Europa, e cometeu um erro crasso: tentar replicar o jogo do PSG. Nem Roberto Martinez é Luis Enrique - está bem longe de o ser -, nem os restantes nove têm as mesmas características dos habituais titulares parisienses. Podem ser melhores ou piores, isso não está em causa, mas não fazem as mesmas coisas nem jogam da mesma forma. Isto é um facto.

 

Resultado: derrota e massacre. Ter perdido por 1-0 na Dinamarca foi um mal menor. O resultado permitia lutar pela reviravolta em casa, mas a exibição era para não mais repetir. 

 

Segunda mão. Renato Veiga e Pedro Neto saltam do onze para a bancada. Francisco Conceição da bancada para o onze. A correr atrás do resultado, entrar com Ronaldo e Leão, que não têm compromisso defensivo, permitiu que Portugal fosse melhor, mas que a Dinamarca discutisse o resultado até final. 

 

O jogo português foi, durante pouco mais de uma hora, feito de cruzamentos para a área e sem qualquer fio de jogo no último terço.

 

Portugal passa a eliminatória, quando começa a jogar por dentro e a conseguir meter passes, entre linhas, para Ronaldo e Bruno Fernandes.

 

Mas passa de forma sofrida. 

 

Ronaldo, já há muito, deve ser um jogador de área, para receber e finalizar. Diogo Costa, numa época inconstante, e Francisco Trincão, que caiu de rendimento na segunda metade da época, foram heróis improváveis no total da eliminatória.

 

 

 

 

Segue-se a Alemanha, com a certeza que o trabalho de Roberto Martinez parece curto para o nível individual, que tem à disposição, mas, sobretudo, que a seleção tem de definir um caminho concreto de futuro e não andar conforme o momento de forma de alguns elementos.

 

Há campeonato do mundo no próximo ano e Pedro Proença deve analisar bem esta Liga das Nações, para perceber se Roberto Martinez é a pessoa indicada para nos liderar num mundial, para onde vamos com uma das melhores gerações de sempre. 

 

Roberto Martinez já desperdiçou a belga…

 

 

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