13/03/2025, 11:00 h
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Destaque Editorial Álvaro Neto
EDITORIAL
Por Álvaro Neto (Diretor da Gazeta de Paços de Ferreira)
Essas orientações dizem respeito à guerra na Ucrânia, agora que os EUA, como “potência mandante”, lhe quer reduzir o apoio, com vista a pôr-lhe termo, tendo já iniciado conversações com a Federação Russa, para o efeito; e a segurança europeia, que os EUA, em larga medida suportavam através do chapéu da NATO e agora “determinam” que seja a própria Europa a assumir.
Os líderes europeus reagiram e já discutem planos que implicam gastar até 800 bilhões de euros para reforçar a defesa no continente e contrair empréstimos até 150 bilhões de euros.
Como será previsível, a concretizar-se esta deliberação europeia, a Portugal caberá uma significativa fatia, que irá alterar os orçamentos no plano das despesas, diminuindo as verbas atribuídas a outros sectores, nomeadamente do chamado Estado Social (saúde, educação, segurança social).
Perante isto, há que perguntar, muito concretamente:
- Estando em curso as conversações entre os EUA, a Federação Russa e a Ucrânia; e supletivamente União Europeia e Reino Unido, será posto termo à guerra, ou não?
- A segurança europeia implicará, previsivelmente, a entrada em guerra com qualquer país? Qual?
Como se tem advogado aqui, já é tempo de a Europa enveredar pela resolução diplomática do conflito, como decorre atualmente, e reconhecer que a sua continuidade apenas beneficiará o complexo militar industrial, com a venda de armas, em prejuízo grave dos povos europeus.
Relativamente à segurança europeia é apresentado o argumento da ameaça russa.
Reconhece-se que se trata de um elemento de “percepção” forte, com largo uso nos tempos fascistas (os mais velhos recordam que os “russos comiam criancinhas”) e actualmente todo um vasto portfolio de russofobia espalhado pela comunicação dominante e adoptado (???!!!) por largas camadas da população.
Mas o certo é que essa ameaça russa não se verifica.
(Voltar-se-à a este assunto)
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