22/05/2025, 9:28 h
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Destaque Editorial Álvaro Neto
EDITORIAL
Por Álvaro Neto (Diretor da Gazeta de Paços de Ferreira)
As eleições legislativas do passado domingo proporcionaram a Luís Montenegro e à AD superar vitoriosamente o desafio colocado à sua governação, conseguindo a AD a proeza de superar em deputados toda a esquerda junta.
O Partido Chega foi outro vencedor das eleições, ao conseguir aumentar significativamente o número de votantes e, consequentemente, o número de deputados eleitos para o seu grupo parlamentar.
O Partido Socialista, por seu turno, sofreu uma pesada derrota, diminuindo significativamente o número de votantes e de deputados eleitos.
No entanto, não tendo a AD conseguido obter maioria absoluta dos deputados na Assembleia da República necessitará do apoio das outra formações políticas, o que não lhe será tarefa fácil e será interessante ir observando.
Desde já se poderá avançar que LuÍs Montenegro e a AD irão prosseguir na acção governativa as linhas fundamentais da anterior governação, possivelmente agravadas à direita, dada a “viragem” à direita deste acto eleitoral e a força alcançada pelo partido da extrema direita.
A não ser que o Partido Socialista consiga travar esta previsível viragem…
De momento, cumpre chamar a atenção para o desmantelamento das funções sociais do Estado, que vem sendo operado, ao longo de décadas, pelo PS e pelo PSD, e que o governo da AD não deixará de prosseguir.
Neste contexto político, destruir o Estado Social significa acabar com o Serviço Nacional de Saúde, entregando a saúde aos privados, como grande negócio que já é, à custa de investimentos públicos.
Significa privatizar a Segurança Social e acabar com a solidariedade intergeracional.
Haverá também ataque ao ensino público, degradando-o, de modo a reforçar a procura do ensino privado.
Também se acentuará a alienação de tudo o que Estado ainda é possuidor, ficando o Estado cada vez mais dependente do capital privado, que, na sua maioria, já é capital estrangeiro.
E recentemente também surgiu uma forma europeia de ataque ao Estado Social, a que o futuro Governo não deixará de se curvar, respeitosamente: os milhões de contributos para despesas militares
Como se vê, não vai ser nada fácil a vida dos portugueses, (mesmo para muitos daqueles que votaram nas formações políticas vencedoras deste escrutínio nacional…).
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