Como fica a governação num país sem governo?

OPINIÃO POLÍICA

Abateu sobre o povo como uma bomba, muitos diziam já saber antes de acontecer, no entanto, ninguém estava preparado para este repentino desfecho, o pedido de demissão do primeiro-ministro, António Costa, após buscas da PSP à sua residência oficial em um inquérito sobre um suposto caso de corrupção no processo ligado aos negócios do lítio, hidrogénio e Centro de Dados de Sines.

Neste momento estamos a ser governados por um governo de gestão, previsto no n.º 5 do artigo 186.º da Constituição, que continuará a poder praticar os atos necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos e subsequentemente a estabilidade do país tal como o conhecemos, caso contrário, reinaria o caos e até a democracia poderia ficar posta em causa.

A nossa vida em sociedade não para neste período de incertezas pela queda do governo, dado que são feitos esforços para garantir a continuidade dos serviços públicos essenciais, como educação, saúde e segurança para minimizar o impacto em nós cidadãos. Logo o povo português nunca ficaria sem governação.

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Apesar deste último mandato turbulento, o PS conseguiu pôr em prática medidas indispensáveis para o desenvolvimento do país tais como foram implementadas políticas sociais voltadas para a redução da pobreza e da exclusão social, incluindo o aumento gradual do salário mínimo, impulsionou o crescimento econômico de forma sustentável,  promovendo investimentos e reformas estruturais e ainda demonstrou compromisso com questões ambientais, promovendo a transição para energias renováveis e adotando medidas para enfrentar as mudanças climáticas.

A governação do PS não foi perfeita, pois governação perfeita não existe e há sempre coisas a fazer e problemas a resolver, no entanto, não se pode só olhar para os aspetos negativos, não se devendo esquecer também daquilo que foi possível alcançar com o Partido Socialista neste último mandato. Feito um balanço entre aquilo que se alcançou e aquilo que ficou por alcançar, o cenário é extremamente positivo.

Com as eleições agendadas para o próximo dia 10 de março, não nos esqueçamos de fazer também esse balanço minucioso, e não nos deixarmos levar pelas demagogias e de uns e pelos populismos de outros.