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Gazeta Paços de Ferreira

14/07/2022, 0:00 h

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Como Deixar Marca

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Mas é possível jogar bem e ganhar em simultâneo, isso é o expoente máximo do futebol. Para alguém da minha geração, isso é o FC Barcelona de Pep Guardiola. A melhor equipa que vi jogar e que, curiosamente, foi travada por duas vezes por um mais pragmático José Mourinho.

Como Deixar Marca

Há várias maneiras de ficar na história. Ganhar é a principal. Conquistar troféus é deixar automaticamente o nome nos registos. A outra forma é jogar bem. Ter uma ideia definida, jogadores que a interpretem, ser fiel aos princípios e entreter. Ambas são válidas. É possível ter sucesso com qualquer uma delas. Quando falo em “ganhar”, falo em ter que esse objetivo como o principal, mesmo que a beleza do jogo saia prejudicada. Mas é possível jogar bem e ganhar em simultâneo, isso é o expoente máximo do futebol. Para alguém da minha geração, isso é o FC Barcelona de Pep Guardiola. A melhor equipa que vi jogar e que, curiosamente, foi travada por duas vezes por um mais pragmático José Mourinho. Primeiro no Inter e depois no Real Madrid.

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Dizem que, daqui a uns anos, só nos lembramos de quem ganha. Mas não é bem assim. Desde que me comecei a interessar mais por futebol, a ler livros e a falar com outros apaixonados, todos referem o Brasil do Mundial de 82 como uma das melhores equipas de sempre: o “Brasil do Telê Santana”. Essa equipa perdeu. A Itália foi campeã, mas o Brasil encantou o mundo. Este ano tivemos outros exemplos: a AS Roma não fez um jogo particularmente bem conseguido na final da Conference League e ganhou; o Liverpool foi superior grande parte do jogo da final da Liga dos Campeões e perdeu para um Real Madrid que tenho dificuldade em definir taticamente. Ainda assim, não acredito que daqui a uns anos as pessoas não se lembrem deste Liverpool de Klopp e do futebol heavy metal (que já ganhou, mas perdeu mais vezes) ou da Atalanta de Gasperini. E os exemplos são intermináveis… o Ajax e Ten Hag ou o City de Guardiola que ganham internamente, mas quebram na Europa.

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Claro que sabemos quem são os vencedores. Claro que conquistam os troféus com mérito. Claro que é possível ganhar e jogar bem. Mas também é claro que, no futebol, o que sentimos é tão ou mais importante do que o que vimos. Por isso é que quem encanta, mas não ganha, terá sempre um lugar na história.

 

Pedro Queirós

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