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Gazeta Paços de Ferreira

08/09/2024, 0:00 h

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COISAS DA ARCA DO VELHO – (IV)

Manuel Maia Opinião

Sobre três fotos enviadas ao autor deste artigo...

Por Manuel Maia

OPINIÃO

 

 

Alguém, atento ao que eu escrevo e, naturalmente concordando com o que tenho vindo a dizer, enviou-me três fotos como que a sublinhar as minhas palavras, ou seja, o SALÃO PAROQUIAL DE SEROA, ex-libris desta Terra, nunca poderá deixar de pertencer à Paróquia, isto é, nunca poderá passar para as mãos de particulares, sendo o seu pároco, por definição, o único responsável pelo mesmo.

 

 

Na primeira foto vê-se um grupo de homens-feitos, ou seja, um grupo de “maduros”, todos boas pessoas, bons amigos e bons galhofeiros.

 

 

 

 

Nesta foto, dos anos 60, em pé à esquerda, o meu irmão Fernando e na outra ponta o Sr. Manuel Coelho, mais conhecido por “Nequinha do Paço”.

 

 

Aliás, foi este Sr. que se identificou e me ajudou a identificar mais dois ou três deste grupo. Grupo cénico, isto é, grupo de teatro. O ensaiador era o meu irmão. E o Nequinha, segundo ele próprio me disse, fazia de ponto.

 

 

Quanto aos restantes, confesso que não sei quem são, mas de certeza que no meio deles deve pontuar um ou outro elemento dos “Temperas”, dos “Venâncio”, dos “Caraga” que, para estas brincadeiras e charangadas, estavam sempre prontos.

 

 

 

 

 

Recordo que, durante a exibição de uma peça de teatro, um dos actores “perdeu-se”, isto é, “deu-lhe uma branca”, esquecendo o texto. Então resolveu “meter uma bucha”. Fez-se surdo e, virando-se para o actor que estava à sua frente, com o qual estava a contracenar, batendo com o pé no soalho do palco, junto à “boca do ponto”, para dar a entender que era a este que se dirigia, perguntava repetidamente: “o quê?”, “fala mais alto que eu deixei de ouvir”.

 

 

Conclusão, em determinada altura ouvia-se mais a voz do “ponto” do que propriamente a dos actores. Tal cena gerou, naturalmente, uma grande gargalhada geral entre a assistência.

 

 

Eram cenas como estas que nos demonstravam o amadorismo dos actores, mas, simultaneamente, a “lata” e a sua capacidade de improvisação. O público gostava e aplaudia.

 

 

 

 

Na segunda foto, aparece um grupo de zeladoras da Igreja (peço que me ajudem a identificar). Eram umas “santas mulheres”. Umas “fazem-tudo”. Limpavam a Igreja. Enfeitavam-na com flores. Estendiam tapetes em dias de festa. Vendiam rifas na quermesse, angariando fundos para as festas religiosas. Cada uma na sua zona era responsável por recolher as várias quotas devidas à Igreja.

 

 

 

 

Na terceira foto, aparece a Profª Dª Alzira, madrinha de casamento destes noivos que eu não faço a mínima ideia quem são. Mas se a Dª Alzira foi a madrinha deles de certeza que os noivos eram óptimas pessoas.

 

 

A Dª Alzira era natural de Freamunde, mas viveu aqui em Seroa durante todo o tempo que lecionou. Estou a falar dos anos 40/50/60. Depois de se aposentar, preparava, gratuitamente, alunos para exame de “Admissão ao Liceu”. Eu e a Alcina da “gandra” fomos os últimos alunos que ela aprontou. Aqui fica a minha eterna gratidão a esta excelsa Senhora.

 

 

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