Cinquenta anos de liberdade - Reflexões sobre a vida após o 25 de abril

Opinião

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Há meio século, o 25 de abril marcou um ponto de viragem na história de Portugal, libertando o
país de um regime opressivo e abrindo caminho para a democracia.

Por João Paulo Carvalho

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Contudo, ao refletirmos sobre a vida após esses cinquenta anos de liberdade, é inevitável questionar o verdadeiro significado dessa conquista e os desafios que ainda enfrentamos como sociedade. José Mujica, com a sua habitual sabedoria, lança-nos um desafio de reflexão ao abordar o tema do consumo desenfreado.

 

 

Num mundo, onde o excesso de bens materiais parece ser o objetivo máximo, Mujica recorda-nos que o verdadeiro custo dessas compras é o tempo de vida que gastamos para as adquirir. A liberdade, então, não deveria ser também a liberdade de vivermos de forma mais simples e autêntica?

 

 

Olhando para a educação, saúde e justiça, áreas fundamentais da nossa sociedade, é difícil não sentir um sabor agridoce ao contemplar os avanços e retrocessos ocorridos ao longo destes anos.

 

 

Na educação, vemos uma confusão crescente, com professores desmotivados e alunos sobrecarregados por um sistema que parece negligenciar a essência do aprendizado e da liberdade de ser criança.

 

 

Na saúde, os profissionais lutam contra um sistema que muitas vezes os desmotiva, transformando a medicina num negócio em vez de um direito fundamental da sociedade.

 

 

A falta de uma abordagem preventiva e o mau funcionamento dos serviços de urgência são reflexos de uma realidade que clama por mudança.

 

 

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Quanto à justiça, embora exista, é lenta e muitas vezes incapaz de lidar com os poderosos, que a manipulam até à impotência.

 

 

O tempo urge por evolução, por uma justiça que seja verdadeiramente justa e acessível a todos, sem distinção de estatuto ou poder.

 

 

Assim, ao celebrarmos estes cinquenta anos de liberdade, é crucial não apenas olhar para trás e celebrar as conquistas, mas também olhar para frente e reconhecer os desafios que ainda temos pela frente.

 

 

A liberdade não é apenas um acontecimento histórico, mas sim um compromisso constante com uma vida mais digna, justa e autêntica. Que possamos aproveitar cada momento, sabendo que o tempo é o bem mais precioso que possuímos, e que a verdadeira liberdade reside na forma como escolhemos viver nossas vidas.

 

 

 

 

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