16/12/2023, 0:00 h
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DESPORTO
Por Pedro Queirós
COMENTÁRIO DESPORTO
Luís Castro começou a época no Fogão. Atraído pelos milhões árabes, aceitou a proposta do Al Nassr e saiu no final de Junho. Deixou o Botafogo com sete pontos de avanço para o segundo classificado. Seguiu-se Bruno Lage. Começou bem, mas um período de cinco jogos sem vencer, para todas as competições, e uma quebra psicológica demonstrada pelo treinador alguns dias antes quando colocou o lugar à disposição numa conferência de imprensa, para surpresa de todos, levaram à saída prematura, no início de Outubro. A vantagem era, ainda, de sete pontos para o segundo classificado: o Red Bull Bragantino.
Mas o atual líder do Brasileirão não é a equipa do gigante das bebidas energéticas, treinada por Pedro Caixinha. É o Palmeiras, de Abel Ferreira.
Logo, o Botafogo não perdeu “apenas” uma vantagem de sete pontos… perdeu uma vantagem de 14.
A meio de Outubro, Abel Ferreira era um treinador em fim de ciclo no Palmeiras. Depois de duas Taças dos Libertadores e de um Brasileirão a encabeçar uma lista que conta com outros títulos do futebol brasileiro, a queda perante o Boca Juniors, na meia final da Libertadores, e os 14 pontos de atraso para o então líder Botafogo deixavam o treinador numa posição delicada.
Faltavam onze jornadas para o fim do campeonato. O seu Palmeiras, campeão em título, era quinto classificado.
Passou um mês e meio. Falta uma jornada para terminar o Brasileirão. A luta pelo campeonato está entre Palmeiras, Flamengo e Atlético Mineiro, curiosamente, as três teoricamente mais fortes. Pelo meio, o Red Bull Bragantino, o Grémio e, claro, o Botafogo, tiveram hipótese de conquistar o título, tornando, este, um dos campeonatos mais disputados de sempre.
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Ao Palmeiras basta um empate, na última jornada, na visita ao Cruzeiro. Podemos falar numa mudança tática de Abel, com a inclusão de Endrick no onze e a passagem para uma defesa a três, para apontar a subida de rendimento do Palmeiras para chegar ao primeiro lugar. Mas este não será um campeonato ganho pelo Palmeiras (ou por um dos outros possíveis candidatos). Este é um campeonato perdido pelo Botafogo, que liderou por 30 jornadas consecutivas e teve uma mão no troféu.
Luís Castro e Bruno Lage não são iguais, não têm o mesmo estilo, pelo que a equipa sentiu a mudança pela negativa. Os jogadores chegaram a afirmar que não se adaptaram a Bruno Lage. Lúcio Flávio, o atual treinador, não conseguiu segurar um barco que já estava a afundar. Um campeonato perdido por incapacidade de gestão.
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