13/04/2023, 0:00 h
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Desporto Pedro Queirós Comentário Desportivo
COMENTÁRIO DESPORTIVO
Pedro Queirós
Ainda se lembram do último texto? É que se o carrossel tinha acabado de começar a andar, agora vai a alta velocidade… muito perto de se descontrolar.
Se bem se lembram, o Bayern de Munique despediu Nagelsmann para se antecipar a fechar Thomas Tuchel antes da concorrência. Como Tuchel estava livre, nenhum clube ficou sem treinador nesta movimentação.
Contudo, num timing péssimo, o Tottenham despediu Antonio Conte, por incompatibilidades entre treinador e direção, depois de Tuchel já estar em Munique. O clube de Londres optou por Cristian Stellini, até então adjunto, como treinador principal até final da época.
Também em Londres, deu-se outra chicotada: Graham Potter foi despedido do Chelsea. Sim, o mesmo que tinha sido contratado ao Brighton em Setembro, por quase 20 milhões de euros, para render… Thomas Tuchel.
Ora, se nem o sucesso desportivo é suficiente para manter um treinador (caso Nagelsmann) e se não se dá tempo a um treinador de trabalhar numa equipa nova e com um plantel cheio de jogadores novos, não sei para que tipo de futebol estamos a ir.
Potter custou uma fortuna e ficou meio ano no Chelsea. Para o seu lugar veio Lampard, até final da época, que por lá já tinha passado e fracassado.
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O final da época vai abrir portas a muitas trocas de treinador: os dois grandes de Milão estão a fazer épocas abaixo do esperado; o Liverpool está irreconhecível; Simeone vê todos os anos o seu lugar questionado… o carrossel não só não parou como acelerou. E o mal não é ele andar, é a forma como se mexe.
O negócio em que se tornou o futebol faz com que seja demasiado fácil despedir e contratar treinadores, em qualquer altura da época, sem que seja necessário um motivo suficientemente forte para isso. É claro que há exceções, mas os casos aqui falados são de clubes ingleses, conhecidos por darem tempo aos treinadores para trabalhem no projeto, e do Bayern de Munique, um dos mais rigorosos e de filosofia mais rígida.
Imagine-se os outros…
Pedro Queirós
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