Benvindo ao labirinto de Paços.

Andar em Paços de Ferreira nestes últimos tempos dá-me sempre a sensação de estar no interior de um labirinto.

A quantidade de obras em estradas principais é enorme,  e se para nós moradores já se torna muito complicado o que sentirá uma pessoa que vem de fora e o GPS os leva para sítios que nem se pode imaginar.

Há dias em que estamos mais “acordados” e então ocorre-nos logo para usar as vias periféricas, andando mais uns quilómetros mas é tranquilo, lá encontramos o nosso destino. Mas naqueles dias em que não nos lembramos e lá vamos dar com o obstáculo e temos que andar por desvios e mais desvios que por vezes nos fazem perder até a paciência e temos o dia completamente estragado.

Se é dificil chegar ao centro, circular lá então é um verdadeiro desespero.

Então se falarmos nas obras da ciclovia, parece as obras de S. Torcato, ao tempo que estão em curso e não se vê luz para o seu termo. Antes do Verão falava com um amigo sobre a dita e dizia-me ele que a estrada seria para ser acabada por altura de eleições, pois era época de inaugurações. Eleições passadas e a obra pouco adiantou. Esperemos não ter que esperar pelas próximas, ao ritmo que aquilo anda.

E para quem está a pensar que isto é tudo para o progresso da cidade, eu também sou a favor do progresso, também quero viver numa cidade apelativa, mas não a qualquer preço. Todas estas obras poderiam ser feitas mas com moderação, acabar umas e depois então dar seguimento às outras, seria, na minha opinião, mais eficaz e sem causar tantos prejuízos aos moradores e ao comércio local, facilitaria muito mais a vida de toda a gente.

Nesta saga do labirinto as pessoas estão a ficar cansadas de andar de lado para o outro feitas baratas tontas sem saber se hoje a estrada está aberta ou se por outro lado tem que usar os desvios que não são de todo apropriados para o frenesim que a vida diária nos obriga.

Obra é necessária, não há é necessidade de ser tudo ao mesmo tempo e causar tanto transtorno para a vida das pessoas. Mostrar que se faz não justifica tudo.

Celina Pereira, Membro da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista

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