EDITORIAL
EDITORIAL
O País anda alvoroçado com algumas questões, de dimensão muito diversa.
A primeira prende-se com a actuação do Ministério Público, que deixa muitas dúvidas relativamente ao respeito pela legalidade, nomeadamente, do segredo de justiça.
É degradante sermos, diária e quase ininterruptamente, servidos de verdadeiras novelas produzidas sobre factos processuais, que deveriam manter-se, serenamente, no recato dos gabinetes, aguardando o momento próprio, e previsto pela lei, para vinda a público, se for caso disso.
Assim se podem prejudicar - e infelizmente - vêm sendo prejudicados inúmeros cidadãos nos seus direitos fundamentais - que, mesmo que venham a ser ilibados da prática de qualquer acto ilícito, já andaram, por largo tempo, nas “bocas do mundo”, e julgados na praça pública, sem apelo nem agravo (restando-lhes apenas o pedido de indemnização cível contra o Estado pelos danos sofridos).
O caso com o Primeiro Ministro é eloquente.
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Vindo este problema a arrastar-se há longos anos, torna-se incompreensível que não se tenham ainda tomado as medidas necessárias para lhe pôr termo.
A segunda questão prende-se com o SNS.
Têm-se ouvido, desde longa data, vozes a denunciar o desinvestimento no SNS, actuações de ordem diversa, visando a sua destruição, em benefício do sector privado, e as televisões têm sido pródigas na amostragem das suas deficiências concretas.
Os médicos lutam por melhores vencimentos, fazem greve, saem para o sector privado ou para o estrangeiro.
Por outro vão chegando notícias de grávidas, que vêm do estrangeiro para cá terem os seus filhos e, nos últimos dias, um trabalho jornalístico de uma televisão revelou as peripécias de duas crianças luso-brasileiras terem vindo a um hospital português para tomarem um remédio de custo milionário, envolvendo, eventualmente, a intercessão de altas figuras do Estado Português, para que fossem removidos alguns entraves burocráticos e eventualmente legais.
Estes casos devem ser averiguados em todas as suas implicações e verdade ser dada a conhecer ao País.
Doa a quem doer. E não façam de nós parvos.
Opinião
5/10/2024
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5/10/2024
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