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Gazeta Paços de Ferreira

12/01/2025, 11:32 h

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Anuário e Pelourinho: O Desperdício ao Estilo do Partido Socialista

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OPINIÃO POLÍTICA

Em meados de 2024, fomos presenteados com o Anuário das Festas do Concelho, uma publicação que, na sua essência, poderia ser um bom instrumento de promoção e valorização cultural. Agora, para marcar o início de 2025, surge o Pelourinho Revolução, publicações que percebemos que se transformaram em exemplos do desperdício de dinheiro público.

Por Miguel Martins (Vereador do Partido Social Democrata)

 

Comecemos pelo Anuário. Anunciado com entusiasmo e acompanhado de uma apresentação que não poupou recursos, este projeto teve um custo superior a 100.000 euros, com a impressão de 20.000 exemplares. O objetivo parecia claro: distribuir à população uma memória viva das festas do concelho. No entanto, poucos meses após a sua publicação, muitos destes anuários estavam a acumular pó em igrejas, centros sociais e juntas de freguesia, numa tentativa desesperada de “despachar” os exemplares excedentes.

 

 

Agora, com o Pelourinho Revolução, a história parece repetir-se. Uma nova publicação, também distribuída aos milhares, com custos que, em comparação, poderiam facilmente cobrir o orçamento anual de duas ou três associações desportivas locais. Num contexto em que muitas coletividades do nosso concelho lutam por apoio para manter as suas portas abertas e continuar a servir a comunidade, é incompreensível que se opte por gastar dinheiro desta forma.

 

 

 

 

Não se trata de ser contra publicações em papel. Pelo contrário, sou defensor da sua continuidade, desde que sejam pensadas com eficiência e impacto. No entanto, nos dias de hoje, é inegável que grande parte deste tipo de conteúdos poderia ser distribuída em formato digital. Tal solução não só pouparia recursos financeiros, como também seria uma opção mais sustentável, alinhada com as boas práticas ambientais que todos os municípios deveriam adotar.

 

 

Mas por que razão insistir nestes desperdícios? Talvez porque o objetivo real destas publicações não seja tanto informar ou valorizar o concelho, mas sim alimentar uma estratégia de propaganda política do partido no poder, que parece mais preocupado em  se exibir.

 

 

O dinheiro público é um recurso escasso e precioso. Usá-lo de forma criteriosa deveria ser uma prioridade de qualquer executivo. Entre apoiar associações desportivas que promovem a inclusão e a saúde, reforçar as infraestruturas de educação ou investir em soluções de mobilidade sustentável, há muitas necessidades urgentes que poderiam beneficiar destes recursos.

 

 

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