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Gazeta Paços de Ferreira

21/12/2024, 12:43 h

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Antissistema ou Parasita do Sistema?

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OPINIÃO POLÍTICA

Segundo o Chega, retirar um corte salarial significa corrupção, mas abusar dos benefícios do Parlamento já é uma ocorrência normal.

Por Filipe Rodrigues Fonseca (Engenheiro Informático e Militante do Livre)

 

Há poucas semanas, o Chega apresentou-se contra o fim do corte de 5% imposto aos deputados da Assembleia da República nos tempos da troika. 

 

 

O partido fê-lo de peito inchado e confiante nas suas convicções: serem anticorrupção e antissistema. O CH fez uma campanha inédita, com tarjas na Assembleia da República, por ser contra o fim deste corte, causando choque nos meios políticos e de comunicação social. 

 

 

No entanto, o motorista de Pacheco Amorim, vice-presidente da AR eleito pelo partido, apresentou para pagamento 600 horas extraordinárias, muito acima do limite anual de 200 horas. Isto significa que em oito meses o CH abusou deste direito e pretende utilizar o afamado “dinheiro dos contribuintes” para o pagar. 

 

 

Portanto, segundo o CH, retirar um corte salarial significa corrupção, mas abusar dos benefícios do Parlamento já é uma ocorrência normal. As incongruências do CH não são novas e demonstram a sua falta de valores. 

 

 

 

 

O deputado Rui Paulo Sousa sempre foi uma das vozes mais críticas à entrada de imigrantes no país, publicando na rede social X (ex-Twitter) um vídeo da simples presença de imigrantes no Martim Moniz onde criticava: “Um dia será tarde demais, por Portugal e pelos Portugueses”. 

 

 

No entanto, Rui Paulo não só empregou vários imigrantes entre 2015 e 2020 enquanto administrador da VillaBosque, como também salientou publicamente a necessidade de contratar imigrantes indianos para garantir que tinha trabalhadores de confiança. 

 

 

Rui Paulo representa a maioria dos deputados do CH: defende o que precisa para atingir o que pretende. O seu objetivo não é espalhar factos, ajudar a população e defender os portugueses. 

 

 

É, sim, causar a maior destruição possível à democracia portuguesa, atacando diretamente a população. Estas ações, em conjunto com as campanhas de desinformação praticadas, são feitas com o propósito único de chocar e ganhar votos, independentemente do que cada um realmente acredita. 

 

 

Este aproveitamento do poder demonstra a falta de credibilidade do CH. O partido de extrema-direita representa tudo o que diz ser contra. 

 

 

Hasteia bandeiras de anticorrupção, mas, pela calada, abusa das instituições.

 

 

É antissistema, mas as mentiras são sistemáticas. Aproveita-se do “sistema” para ganhar poder, estando indiferente a factos ou crenças pessoais. Sem valores, sobra ao partido apenas o populismo a que já estamos acostumados. 

 

 

Se nem as suas políticas cumprem, afinal o que é o Chega? Uma mão cheia de nada.

 

 

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