10/10/2023, 0:00 h
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Opinião Opinião Politica Partido Social Democrata Miguel Martins
OPINIÃO POLÍTICA
OPINIÃO POLÍTICA
Quando a Câmara Municipal de Paços de Ferreira anunciou que 2023 seria o Ano Municipal da Economia, gerou-se uma expectativa de que seriam tomadas medidas concretas para alavancar o desenvolvimento económico do nosso concelho e que este seria o retomar da afirmação da Capital do Móvel. Mas o que vemos, infelizmente, é uma inação preocupante.
No início do ano, o grupo de vereadores do PSD apresentou uma série de contributos com o objetivo de enriquecer a celebração deste Ano Municipal da Economia. Estas propostas, que foram fruto de um estudo cuidado e que envolveram consultas com especialistas e stakeholders locais, foram sumariamente ignoradas. É lamentável que estas tenham sido desperdiçadas de forma tão leviana.
Enquanto em Paços de Ferreira nos debatemos com a inércia e a falta de iniciativa, os concelhos vizinhos têm-se mostrado muito ativos na captação de investimento e desenvolvimento. Penafiel será a casa de um novo hospital, um investimento de 50 milhões de euros que irá criar 120 postos de trabalho diretos. Paredes atraiu um investimento de 17 milhões para a construção de um novo complexo logístico, que já se encontra totalmente pré-arrendado. Valongo está a beneficiar de um investimento de 50 milhões de euros num parque logístico, descrito como "o maior investimento do setor no Norte de Portugal". Gondomar está a receber uma nova Unidade de Saúde Mental Comunitária, e Santa Maria da Feira acolherá uma nova unidade da Lusíadas Saúde, com um investimento superior a 60 milhões de euros. Em Santo Tirso, a multinacional brasileira WEG está a construir uma nova fábrica que irá criar cerca de 100 novos empregos diretos numa primeira fase.
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Estes exemplos não são apenas números, são reflexos concretos de políticas bem-sucedidas que resultam em emprego, saúde e bem-estar para as populações. São resultados de gestão focada na ação e no desenvolvimento sustentável. E levantam a questão: se outros conseguem, por que razão Paços de Ferreira fica para trás?
Pois, o que torna esta inação ainda mais preocupante é o enorme potencial que Paços de Ferreira tem, um potencial que é continuamente desvalorizado pela atual maioria. O nosso concelho tem capacidade para ser um polo de inovação e desenvolvimento, mas isso requer uma nova abordagem.
As palavras têm o seu valor, mas são as ações que definem o caráter de uma governação. O que precisamos é de menos retórica e mais ação, menos fotos para a revista cor-de-rosa que se tornaram as redes sociais do município e mais planos concretos e transparentes que se traduzam em desenvolvimento real do concelho.
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