17/12/2021, 0:00 h
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A Rúben o que é de Rúben
“O Sporting só ganha porque não há adeptos no estádio”. “O Sporting tem a estrelinha de campeão”. “Quero ver na próxima época com jogos a meio da semana”.
Todos nós ouvimos isto e coisas parecidas para justificar o bom momento do Sporting da época passada.
O que é certo é que mesmo com jogos a meio da semana e com adeptos no estádio, o Sporting segue em primeiro (em igualdade pontual com o FC Porto) e os jogos a meio da semana fizeram-no apura,r pela segunda vez na sua história, para os oitavos de final da Liga dos Campeões.
O plantel continua, na minha opinião, a ser curto, mas essa questão é ultrapassada pela competência do treinador e pela disponibilidade dos jogadores. No Sporting todos contam e isso ajuda a que os jogadores estejam prontos e confiantes para jogar num lugar que habitualmente não é o deles.
Há um elemento na estrutura que se destaca dos demais: Rúben Amorim.
Tem um discurso ponderado e coerente, ultrapassou toda a desconfiança com trabalho, conquistou títulos com mérito e continua o seu trabalho com a mesma humildade.
Todos sabemos como joga a equipa do Sporting, mas poucos a conseguiram vencer e, no final, é isto que conta.
Não acredito em “histórias da carochinha” como as que dizem que o Sporting quebra no Natal ou que a segunda metade da época vai espelhar o cansaço num plantel curto. Acredito naquilo que cada equipa demonstra dentro de campo. E o Sporting ganhou na época passada e é candidato a ganhar esta época outra vez.
Sem Palhinha e sem Coates deu banho de bola na Luz e este foi apenas o último capítulo desta história. Não joga sempre bem, nem ganha sempre. Ninguém o faz. A postura mantém-se e isso é que surpreende. O Sporting está assente em convicções firmes do treinador. A mensagem passa. A equipa acredita nela. O Sporting ganha.
Em tempo de balanços, Rúben Amorim tem o meu voto para a personalidade do futebol em Portugal no ano de 2021.
Pedro Queirós
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