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Gazeta Paços de Ferreira

06/07/2025, 0:00 h

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A mobilidade pública é uma questão de justiça

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OPINIÃO POLÍTICA

Numa altura em que tanto se fala de qualidade de vida e de atratividade dos territórios, continua a ser impossível ignorar esta falha no concelho de Paços de Ferreira: a ausência de uma verdadeira rede de transportes públicos.

Por Alexandre Costa (Presidente da Comissão Concelhia de Paços de Ferreira do Partido Social Democrata)

Por toda a Europa, incluído o nosso país, estudos e índices de bem-estar colocam a mobilidade como um dos fatores determinantes para a fixação das pessoas nos territórios. Habitação, emprego, educação e... transportes. Sim, os transportes públicos surgem entre os critérios mais valorizados por quem escolhe um local para viver ou investir. A razão é simples: sem mobilidade, não há acesso fácil ao trabalho, à escola, à saúde ou à cultura. E assim, a qualidade de vida degrada-se.

 

Paços de Ferreira, um concelho com forte identidade industrial e elevado ritmo de deslocações diárias, continua a viver sem um modelo de transportes públicos de qualidade. Não existe um terminal funcional, os horários são desadequados às necessidades, muitas freguesias continuam sem cobertura eficaz ou inexistente, simplesmente impraticável sem recurso a transporte próprio.

 

O mais grave é que, ao fim de doze anos de governação socialista, nada de estruturante foi feito neste domínio. Não houve plano. Não houve metas. Não houve vontade política. Apenas houve promessas em manifestos eleitorais, rapidamente esquecidas.

 

 

 

 

A consequência é clara: Num tempo em que tanto se fala de transição verde e de coesão territorial, Paços de Ferreira continua a ser um concelho onde a mobilidade pública é um luxo inalcançável.

 

Não se trata de reinventar a roda. Trata-se de cumprir o básico: criar um terminal intermodal funcional, colocar paragens com dignidade e segurança, garantir ligações frequentes e acessíveis entre todas as freguesias, ajustar os horários às reais necessidades da população, introduzir sistemas de bilhética digital e, acima de tudo, ter um plano. Um plano com metas, prazos e ambição.

 

A mobilidade pública é uma questão de justiça. No concelho de Paços de Ferreira é tempo de fazer o que nunca foi feito: implementar um verdadeiro plano de transportes públicos, com metas claras e soluções à medida das freguesias.

 

 

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