“[os professores devem ensinar as nossas crianças e jovens] a respeitar formas de luta que não ultrapassem o limite do razoável.”
Eduardo Costa
Claro que os professores são uma classe respeitada e que faz por o merecer. É compreensível que lutem por melhores condições. É aceitável que exerçam o direito à greve. Mesmo com o reconhecido prejuízo das nossas crianças e jovens.
Não acredito que os professores se revejam em formas de luta de aceitação duvidosa. Tenho sérias reservas que os professores concordem que vale tudo. Tenho a firme convicção que os professores desejam manifestar-se de forma correta e urbana. Sem violência verbal de duvidosa aceitação, que não respeite e que retire a autoridade e a simpatia pelas suas causas.
Aceitamos que os professores se manifestem, que façam greve, mas também exigimos que o façam sem perderem a responsabilidade de terem que ser um exemplo para as crianças e jovens.
“[os professores devem ensinar as nossas crianças e jovens] a respeitar formas de luta que não ultrapassem o limite do razoável.”
A reivindicação de melhores condições de trabalho e vida é um direito democrático que os nossos jovens devem aprender a saber exercer. Mas devem aprender a fazê-lo com respeito por formas de luta que não ultrapassem o limite do razoável. Os professores têm esta dupla e exigente missão.
Naturalmente que estou a falar da reprovável manifestação de (supostos…) professores nas celebrações do Dia de Portugal.
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Não vai ser um pequeno grupo de ‘desviados’ que nos retirará a excelente opinião que temos dos profissionais, que ensinam as nossas crianças e jovens. Um punhado de radicais que não quer respeitar os valores democráticos, onde o direto a exigir melhores condições não se pode confundir com ataques pessoais ou incitamentos a violência, verbal ou outra.
EDUARDO COSTA, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional