Ao acusarem publicamente os técnicos, demonstram uma postura inaceitável, comprometem a discussão política e diálogo construtivo, condicionam e manifestam uma falta de respeito pelos funcionários da autarquia
Alexandre Costa
Na sociedade atual, é lamentável constatar que os políticos frequentemente fogem às suas responsabilidades, revelando uma completa falta de ética. Além de se isentarem de assumir as consequências de suas ações, eles optam pela fuga de responsabilidade no confronto e na discussão política.
Por cá, é revoltante observar que, nestas ocasiões, os responsáveis autárquicos estão sempre prontos para se autopromover, enaltecendo as suas decisões como razão de algum sucesso alcançado. No entanto, quando ocorrem falhas, a postura muda drasticamente. Optando por fugir ou se esconderem, passando a responsabilidade inteiramente para as costas dos técnicos.
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Encarregados de implementar as políticas e garantir seu adequado funcionamento, os técnicos, são injustamente transformados em bodes expiatórios, sendo responsabilizados por problemas que vão além de sua esfera de atuação, chegando ao extremo de serem acusados publicamente pela inação de quem os lidera.
Esta falta de ética é profundamente prejudicial à transparência e à confiança na política. Ao acusarem publicamente os técnicos, demonstram uma postura inaceitável, comprometem a discussão política e diálogo construtivo, condicionam e manifestam uma falta de respeito pelos funcionários da autarquia.
Uma sociedade verdadeiramente democrática, que todos defendemos, exige uma avaliação crítica e justa, na qual todos sejam responsabilizados pelas suas ações. É obrigatório que os atuais responsáveis autárquicos assumam a responsabilidade, tanto nos momentos de sucesso como nas falhas, e não transfiram a culpa exclusivamente para os técnicos quando as coisas correm mal.
Alexandre Costa, Presidente da Comissão Politica Concelhia de Paços de Ferreira do PSD