04/02/2024, 0:00 h
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OPINIÃO POLÍTICA
OPINIÃO POLÍTICA
1 - A campanha mediática para "inocentar" Ricardo Salgado dos crimes cometidos na Gestão do BES, alegando a sua deterioração mental do presente, constitui-se em episódio major da descaracterização e degenerescência do regime político pós Abril.
Alguns, muito poderosos, trabalham para silenciar provas testemunhais muito importantes da ascensão e influência do poder económico renascido pós-privatizações.
E esta manobra, nojenta a todos os níveis, deve ser denunciada como igualmente criminosa.
2 - Paulo Baldaia, comentador político da TSF, disse, há pouco na rádio, que a corrupção alimentava "as franjas partidárias do eleitorado".
Nada mais falso. O Centrão é o palco da podridão.
A corrupção, o tráfico de influências, os negócios ilícitos, o compadrio, o clientelismo partidário, o enriquecimento ilícito, alimentaram, no passado e alimentam no presente, os partidos do Centrão político, do PS e do PSD, dotando-os de influência, poder, meios materiais, e impunidade que os tornam os chefes e deuses disto tudo.
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Não é a mera apropriação individual de património e dinheiro que está em causa com a corrupção. São também as estruturas partidárias as beneficiadas, e ilegalmente beneficiadas diga-se, criando-se uma rede de súbditos e dependentes que se acolhem à sua sombra.
É pela corrupção que surge o silêncio público, a censura, a desinformação, a opressão das vozes independentes ou críticas, as manobras de diversão.
Os mesmos falam do mesmo, no mesmo tom de sempre, há muitos anos, num esforço titânico de controlar, limitar, esconder interesses obscuros.
Já Mário Soares e amigos foram disto percursores.
Num país politicamente culto a corrupção não se combateria, antes prevenir-se-ia com leis, práticas e reflexões.
E o pior da corrupção estará na falsa imagem que, com discursos pios, assumidos por quem dela beneficia, se avança no seu combate.
Acreditar nisso, no que diz respeito ao PS, do PSD, e aos filhotes - cujo nome manda a decência não os citar - é acreditar que o Mal se extingue por si só. Corruptos não, mas corruptos e hipócritas, nunca.
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