21/06/2021, 22:32 h
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Foi com o coração em “brasa” que demos as Boas-vindas à festa das festas onde o Futebol faz despertar paixões pela presença de quem o pode respirar dentro do estádio ou no destino da distância, permitindo-nos curvar perante as belas imagens interpretadas por um foco irresistível duma libertação coreográfica, irradiando o belo por sinais duma magistral existência.
Mais do que mais um campeonato da europa, as circunstâncias do adiamento que lhe foram aferidas, libertam-nos do apagão com que durante um tempo doloroso fomos rubricando o encontro com a vida. Por isso e também por isso, será uma competição atipicamente diferente, quer por ser disputado em 11 cidades distintas, jogadores e staffs submetidos continuadamente ao controlo preventivo “Covid-19” e a espectativa indelével dos resultados, quer contando com a presença duma percentagem aleatória de público, depois dum tempo em que as competições estiveram bloqueadas por um silêncio ensurdecedor.
Qualquer jogo de uma seleção assume-se como um fenómeno de enorme cumplicidade, alicerçando de forma verdadeiramente abrangente todo um povo sem limites de tempo e vontades, envolvendo-se por uma labareda de emoções verdadeiramente contagiantes, onde as dinâmicas impostas pela competição se conjugam com a interdependência, indeterminação, variabilidade, imprevisibilidade, aleatoriedade, relação de forças, cooperação e oposição constantes, fazendo de cada lance uma oportunidade de exaltação.
Portugal diz presente mais uma vez. Mas não podemos esquecer que esta presença está inscrita no manancial de responsabilidade acrescida pela conquista do último europeu. Como sabemos, gerir comportamentos após os êxitos obtidos é completamente diferente do que gerir frustrações após os fracassos registados as estratégias para gerir o sucesso tornam-se por vezes muito mais difíceis do que enfrentar as oportunidades para eliminar o fracasso, tendo em conta que a recompensa dum trabalho bem feito está sempre na oportunidade de o repetir ou porventura melhorar.
O carisma ilustrado pela identidade coletiva dos nossos jogadores, transportando na alma as pegadas da experiência vivida e no rosto o certificado bem ilustrado pelos valores da coragem, lealdade, humildade e coesão, eu creio que estamos preparados para honrar com brilhantismo o sentimento deste nosso “nobre povo valente e imortal”.
Iniciamos o europeu a ganhar, mas que na jornada seguinte, deixamo-nos abater pela poderosa Seleção Alemã. Sabe-se que a corrente do sucesso com vitórias conseguidas perdura mais no tempo e permite encarar os níveis da consciência competitiva com mais inteligência e redobrada vontade. Veremos até onde nos leva a esperança. Eu acredito!...
VIVA PORTUGAL
José Neto Doutorado em Ciências do Desporto/Docente Universitário/Investigador
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