TEMPOS DE PANDEMIA, CAPITALISMO IMORAL DE DESIGUALDADE

Os dados são objetivos e eloquentes (Bloomberg). As 20 pessoas mais ricas do mundo em 2020 reforçaram a sua riqueza, em contexto de grande dificuldade de milhares de milhões de habitantes do planeta. A pandemia trouxe desemprego e miséria para muitos, mas trouxe um poder económico incomensurável a alguns.

Falemos em mil milhões de dólares. Jeff Bezos, da Amazon, ocupa o primeiro lugar nos mais ricos. Tem uma fortuna atual calculada em 193,7 mil milhões de dólares, tendo aumentado só no ano passado em 78,9 mil milhões de dólares.

Elon Musk , da Telsla e da Space X, aumentou só no ano passado 133,1 mil milhões de dólares, atingindo os 160,7 mil milhões de dólares . Bill Gates, da Microsoft, “arredondou”18,4 mil milhões de dólares ao “pecúlio” de 131,5 mil milhões de dólares. Houve perfomances mais modestas:, do francês Bernard Arnault, da Louis Vutton, com 113,8 mil milhões de euros e mais 8,5 mil milhões de euros. Mark Zuckerberg, do Facebook, com 104,8 mil milhões de dólares e “abichanou” mais 26,5 mil milhões de dólares. Warren Buffet, contra a corrente, perdeu 2,4 mil milhões de dólares mas mantém uns confortáveis 86,9 mil milhões de dólares. A longa lista continua com Larry Page e Sergey Brin, do Google, Steve Ballmer da Microsoft e Lerry Ellison da Oracle, todos nas 8 dezenas de milhares de milhões de dólares e lucros recentes de 20 a 30%.

Para os que pensam que este capitalismo não é universal, temos em comparação o indiano Mukesh Ambani, da Reliance industries (76,4 e 17,8), a francesa Françoise Bettencourt, da L’Óreal (76,3 e 17,3), o chinês Zhong Shanshan , da Nongfu Spring (74,6 e 67,8), o espanhol Amancio Ortega , da Inditex (68,2 e 7,3 negativos), Rob Walton, Jim Walton e Alice Walton , da Walmart com 60 e 8,5 cada um , a “filantropa” MacKenzie Scott com 59,8 e 22,7, o chinês Colin Huang , da Pinduoduo com 58,6 e 39 , e o magnata mexicano Carlos Slim com 56,7 e menos 3,5.

Como se vê, os tempos não são “duros” para estes tios Patinhas da era moderna.

Cristiano Ribeiro

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