QUAL É O CRITÉRIO?

O poder concedido nas urnas traz consigo grandes responsabilidades.

Quando somos eleitos para cargos políticos, a nossa responsabilidade é garantir um futuro melhor para milhares de pessoas. Sabemos que cada um de nós tem preferências e rotinas diferentes: uns gostam mais de ir ao futebol, outros de ir a um concerto, alguns gostam mais de praticar desporto, outros preferem visitar um monumento…  O fundamental é perceber que cada um deseja melhores condições para fazer o que mais gosta. No entanto, para governar um povo, é preciso, em primeiro lugar, ouvir os anseios e necessidades de todos, e não apenas de uma parte dele.

Um bom político é aquele que define um projeto e que procura cumpri-lo, porque, na sua ótica, esse é o caminho certo para melhorar a vida daqueles que governa. Um mau político é aquele que acorda e decide "vou fazer isto", mesmo que contradiga o seu plano. É aquele que faz política com apenas um objetivo: ser reeleito. Nos anos de eleições, infelizmente, o fenómeno do mau político torna-se mais frequente, uma vez que passa também a praticar a "política do pedido", que consiste, no fundo, em fazer tudo aquilo que lhe pedem, independentemente de as infindáveis solicitações estarem ou não enquadradas com o seu projeto.

Sempre fui um defensor de que devemos ouvir todos para sabermos as necessidades de cada um. É a melhor forma de identificar os problemas. Não posso é defender que um último ano de mandato sirva para fazer tudo o que não foi feito, como não posso defender que se canalize grande parte das verbas disponíveis para uma só área.

Em Paços de Ferreira, assistimos todos à degradação do nosso património. A Citânia de Sanfins e o Dólmen de Lamoso são apenas dois exemplos do que não se deve fazer no que diz respeito a cuidar da nossa história. A escassez de ideias para a conservação e dinamização deste tipo de espaços é preocupante. A cultura é, mais do que nunca, um tema a colocar em cima da mesa. É a nossa identidade como povo que está em causa.

Todos juntos, comprometidos, devemos lutar para o bem comum e para um futuro melhor. Para isso, é imperativo que se acabe com estratégias de “caça ao voto".

Pedro Ferreira da Costa, Presidente da Comissão Política Concelhia de Paços de Ferreira da Juventude Social Democrata.

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